segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O tempo, os amigos, os bares em um show em Niterói

 Arthon e Luis Bessa da Locomotive Blues Band
Ray Titto, Carlinhos, Marcio Teixeira Titto e Rogério Faria Franco. O cara que ensinou Niterói amar o Lynyrd Skynyrd

Fabio Pinheiro, Eduardo Camacho - aqui, Cazuza  e Victor Lacombe no Fraterno


Dani Lopes, Vanessa Godoy e Lilian Castello Branco

Marcelo Uberaba, Ray Titto, Ernani Junior, Luis Bessa, Fábio Pinheiro, Lós - Tirando Eduardo Camacho e Léo Gil - 
Os caras do Cadillac 55

Paulo Steel, Renata Varella e ao fundo Andréia do Ferreirinha

Vássia o velho Wolffman

Dani Lopes e Dani Dallas de novo num show da banda Rioclaro

Produção! Vanessa Godoy Paulo Steel, Victor Lacombe e Renato Faria

Um reencontro de grandes amigos, Ray, Vanessa Godoy, Marcelo Uberaba e  Luis Bessa

Jean Pierre o Cheff e Douglas dos Anjos Negros

Renato Faria, Renata Varella e Dani dallas

                   
Rogério e Carlinhos  representando a galera da Santos Dumont

Dani Lopes e Renata Varella cuidando dos "meninos"
O tempo é o maior tesouro de que um homem pode dispor; embora inconsumível, o tempo é o nosso melhor alimento; sem medida que o conheça, é contudo nosso bem de maior grandeza: não tem começo, não tem fim; é um pomo exótico que não pode ser repartido, podendo entretanto prover igualmente a todo mundo; onipresente, o tempo está em tudo; existe tempo, por exemplo, nesta mesa antiga: existiu primeiro uma terra propícia, existiu depois uma árvore secular feita de anos sossegados, e existiu finalmente uma prancha nodosa e dura trabalhada pelas mãos de uma artesão dia após dia; existe tempo nas cadeiras onde nos sentamos, nos outros móveis da família, nas paredes da nossa casa, na água que bebemos, na terra que fecunda, na semente que germina, nos frutos que colhemos, no pão em cima da mesa, na massa fértil dos nossos corpos, na luz que nos ilumina, nas coisas que nos passam pela cabeça, no pó que dissemina, assim como em tudo que nos rodeia; rico não é o homem que coleciona e se pesa no amontoado de moedas, e nem aquele, devasso, que se estende, mãos e braços, em terras largas; rico só é o homem que aprendeu, piedoso e humilde, a conviver com o tempo, aproximando-se dele com ternura, não contrariando suas disposições, não se rebelando contra o seu curso, não irritando sua corrente, estando atento para o seu fluxo, brindando-o antes com sabedoria para receber dele os favores e não sua ira; o equilíbrio da vida depende essencialmente deste bem supremo, e quem souber com acerto a quantidade de vagar, ou a de espera, que deve pôr nas coisas, não corre nunca o risco, ao buscar por elas, de defrontar-se com o que não é (...) 

 Raduan Nassar, Companhia das Letras, 1989,
Lavoura arcaica
County e Rock and Roll no Fraterno em Niterói RJ

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