quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Ray Titto e Lilian Castello Branco


(words & music by Elvis Presley)


Love me tender,
Love me sweet,
Never let me go.
You have made my life complete,
And I love you so.


Love me tender,
Love me true,
All my dreams fulfilled.
For my darlin I love you,
And I always will.


Love me tender,
Love me long,
Take me to your heart.
For it's there that I belong,
And well never part.

Love me tender,
Love me dear,
Tell me you are mine.
Ill be yours through all the years,


Till the end of time.
when at last my dreams come true
Darling this I know
Happiness will follow you
Everywhere you go).

Saudade de você, minha senhora...
Ray Titto

A raça Paint Horse

Esta raça deve o seu nome à sua original coloração: Paint Horse significa “cavalo pintado”. Também muitas vezes apelidados de calico, screwbalds ou peidbalds, estes cavalos apresentam padrões distintos compostos por várias cores, sendo uma delas o branco. O Paint Horse é um cavalo ágil e resistente. Inteligente, está sempre disponível para trabalhar, passear ou mesmo galopar.
Com um porte médio, o Paint Horse tem um dorso curto, mas pernas longas. Apresenta uma cabeça fina, orelhas médias e olhos vivos.
 Tem uma pelagem característica, pela qual é reconhecido. A maior parte dos cavalos apresenta branco misturado com outra cor, geralmente preta, lazã, ruço, castanha e baia. Menos frequente é a ocorrência de ruão, palomino ou cinzento. Existem quatro tipos de pelagem:
• Sólido – ao contrário do que se pensa, existem cavalos Paint Horse de cor sólida. Estes têm de ser filhos de dois Paint Horse previamente registrados. Contudo, estes cavalos não podem ser registrados como Pintos;
• Tobiano – é uma das combinações mais comuns. Caracterizada por marcas redondas de cor branca no pescoço e peito, e cores escuras no dorso ou flancos. A cabeça é escura, as patas brancas e a cauda geralmente bicolor;
• Overo – Marcas menores e irregulares espalhadas aleatoriamente pelo corpo. Esta pelagem é mais escura do que branca, apesar de a cabeça ser branca com marcas assimétricas de cor mais escura. Pelo menos uma das patas deve ser escura e as manchas brancas não devem ultrapassar o dorso. Estes cavalos podem apresentar olhos azuis.
• Tovero – É uma mistura entre o tobiano e o overo. Pode dar origem a cavalos de olhos azuis com a cabeça escura ou as quatro patas brancas, por exemplo.

Influências
A influência espanhola é visível tanto na cor como no porte. Também o Puro Sangue Inglês aqueceu o temperamento do Paint Horse, dando-lhe maior velocidade.
Em meados do século XX, foi criada uma associação de proteção do cavalo malhado, a Pinto Horse Association que aceita o registro de qualquer raça, desde que apresente os requisitos de pelagem supre-citados (excetuado a cor sólida). Uma década mais tarde, foi formada a American Paint Horse Association que apenas registra os cavalos que apresentem a mesma pelagem e tenham sangue de Puro Sangue Inglês, de Quarter Horse e Paint Horse. Em última análise, todos os animais registrados neste clube podem ser registrados como Pintos, sendo a única exceção os cavalos Paint Horse de cor sólida, mas nem todos os Pintos são aceites como Paint Horse.
Devido à diversidade de portes dos cavalos que aparecem registrados como Pintos, é difícil considerar o Pinto como uma raça no sentido tradicional da palavra, aproximando-se mais de uma pelagem-tipo, aquilo a que se chama “color breed”, registros que se baseiam na cor e não na ascendência do cavalo.
O Paint Horse é um cavalo versátil, usado tanto para lazer, como também em corridas planas, provas de obstáculos, etc. O Paint Horse é, sobretudo, usado para a lida do gado.

Confirmado:Paul McCartney no Brasil!

Depois de muita especulação, um show de Paul McCartney em solo brasileiro foi confirmado. A assessoria do Grupo RBS comunicou que trará mesmo o músico ao Brasil para realizar uma apresentação da turnê Up and Coming em Porto Alegre, no dia 7 de novembro, no Estádio Beira-Rio. Uma nota do site do jornal Zero Hora, pertencente ao Grupo RBS, revela que a notícia foi confirmada pelo vice-presidente executivo da empresa, Eduardo Sirotsky Melzer, e por Dody Sirena, da DC Set Promoções. Melzer comentou que "é um momento histórico trazer um beatle a Porto Alegre".

Essa será a terceira vez que o Paul McCartney vem para o país e a primeira apresentação dele na capital gaúcha. A publicação anuncia ainda que os ingressos para ver Paul no Beira-Rio começam a ser vendidos na próxima semana.
O release oficial divulgado pela RBS dá como certas as datas de 21 e 22 de novembro, no Estádio do Morumbi, em São Paulo, mas a assessoria de imprensa na PlanMusic, que trará o artista para a capital paulista, não confirma a informação.
As especulações sobre a turnê de Paul McCartney no Brasil começaram no início do mês, quando o jornal argentino Clarín confirmou a ida dele para lá e que o cantor também desembarcaria por aqui.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Rioclaro na Galeteria do Lago - Fotos do Show

 Rock Rural na Galeteria do Lago

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Dia de Clarice Olsen!

Amigos

“... A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles.

Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crônica
e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.

Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro,
embora não declare e não os procure.
E às vezes, quando os procuro,

noto que eles não tem noção de como me são necessários...
... Porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente construí, e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.”




Feliz aniversário, Srta. Olsen!

Dia mundial contra os carros

A onça paluá furou os olhos com lanternas, bebeu gasolina e corre encantada pelo mundo enorme. Na arte de seguir, fazer sangrar a rês nas unhas: Ponta-de-lança; Verde-esmeralda; Vermelho-sangue; Branco-lápide; Azul terrível!

Rajadas de nomes de cidades, frutas e pedras nos olhos marejados dos cansados pangarés. A luz gritante bate nos dentes da onça veloz, rebate nos olhos pobres.

Ressentimento, ponto cego no espelho retrovisor: o que ficou para trás ainda visível. O fim daquela ansiedade doida: início de milênio, promissor ser perseguido por ninguém, correr e não sair do lugar.

O menino ficou irreconhecível com a cara macerada. Não pôde ser reconstituído pelos legistas. Nem pela poesia. Desde então um pesadelo na cabeça: o menino escondido num lençol e duas botas pretas.

sábado, 18 de setembro de 2010

4° Corrida de Cavalos do Haras Cavalo Veloz. Hoje!

Provas de Equipado, Turfe e Reta.
Bolão – Inscrição R$ 100,00 por animal
ENTRADA FRANCA
Animação Juan do Brasil
DJ Paulinho

Cavalgada saindo ás 20h das baias
Dia 18, cavalgada e festa sertaneja – 22h.
Dia 19 Provas 11h
Local DF 445 km 03 – CH 77 – Chapadinha – Brazlândia DF

Informações 9981 4620
Bingo – 01 cavalo, 01 boi e 01 leitoa.
Estrutura de bar e alimentação.
Atenção: não esqueça os exames de anemia, Mormo atestado de vacinação e a GTA

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Poesia de domingo

Num dia de luz inclinada, meio amarela, um calor suave de um sol quase ausente.

Paro pra abastecer o carro e a frentista me pergunta se fui eu o sujeito que apareceu hoje no jornal.
Não sei que sujeito é esse. Ela me explica: um músico qualquer.

É a segunda vez que me confundem com isso. Em João Pessoa um garçom me perguntou se eu era um
cantor de rock. Sei lá, queria ser, se bem que não, músico talvez, cantor de rock não, não do jeito que o garçom falou.

Hoje é sair com minha mãe e meu irmão e durante o almoço minha mãe calada. Algumas vezes perguntamos
se ela está bem. Ela é sempre assim, olhando pra baixo, olhando pra qualquer coisa. Eu falo com meu irmão que
queria comprar pra ele o livro Os vagabundos iluminados, que é sobre a procura da Iluminação em viagens de trem e
longas viagens solitárias em montanhas. Digo ao meu irmão que isso apenas é possível nos Estados Unidos onde, ao menos segundo o mito,
e mito não é o mesmo que mentira, um andarilho sempre encontrará alguém que o ajude.
Digo ao meu irmão que no Brasil um vagabundo
iluminado se tornaria, inevitavelmente, um mendigo isolado, olhando pros lados e pra baixo como quem foge. Aqui só
tem espaço pra turmas e pra alegria desesperada.Meu irmão discorda, sobre
a questão de virar mendigo, ele me diz que Deus sempre vai arrumar alguém, um anjo qualquer, pra te ajudar no caminho
(minha mãe, ainda calada).

Paramos numa farmácia. Eu e meu irmão ficamos no carro, ele me pergunta se já estou melhor, depois da separação,
se já esqueci, respondo que tem horas em que esqueço e horas em que me lembro, penso, não falo com ele, se isso quer
dizer que esqueci ou não. Eu ia dizer pra ele que o mais difícil não é me separar dela é me separar das coisas que ouvi, mas
minha mãe volta ao carro e não falo sobre o assunto, ela não vai querer ouvir, porque o que ouvi é uma acusação contra várias
gerações, aquele lance grego de miasma de sangue familiar que não presta.
O que falo com meu irmão é que estou com muita preguiça de parecer interessante e as mulheres em geral ficam esperando isso,
não que você seja interessante, não sou interessante, mas que você mostre que está se esforçando em parecer interessante.

Depois disso, sigo sozinho, mas não posso voltar pra casa.
Dou um volta um pouco maior de carro por Brasília,
escolho um caminho que me permita ver o lago.
No caminho ouço aquela música do Bob Dylan, most of the time she ain’t even in my mind, I wouldn’t know her if I saw her she’s
that far behind.
Most of the time.

Não disse pro meu irmão, mas pensei em como eu gostaria que o poema fosse um tipo de oração,
comprei um livro sobre sufismo e imaginação criativa. E no sufismo a poesia é uma oração e só há oração com poesia,
mas poesia cheia de prosaísmo, o prosaísmo da vida, os problemas singulares comuns, que é como penso em deus. Não
alguém que faz planos pra gente, mas como o puro prosaísmo da vida: uma luz meio amarelada, um sol quase ausente em seu
calor frio, o som ligado, um pouco de vagabundagem. Não uma coisa inteira, plena, mas aquilo que foi quebrado, os estilhaços,
as rachaduras no muro (caso contrário, não veríamos a luz) e isso no momento em que toca aquela outra música
Everything is broken.

E tem dias em que a poesia bate na sua cara, é difícil de explicar, tem dias em que um prosaísmo mais intenso quase vira
poesia e você se pega pensando em como gostaria de ser um poeta melhor pra dizer as coisas necessárias.

sábado, 11 de setembro de 2010

A banda Doobie Brothers e o novo disco

The Doobie Brothers e Willie Nelson

Bom, não vai dar para deixar nosso blog com a cara obtusa da Rita Lee por aqui muito tempo, não é?! Então, vamos às boas notícias da música. A velha banda Doobie Brothers, acaba de recrutar a lenda da música country, Willie Nelson, para dar uma força no novo álbum "World Gone Crazy", primeiro disco dos caras depois de mais de uma década. Willie não titubeou e até escreveu, com eles, a canção "I Know We Won". Disse Patrick Simmons:
- Tudo foi bastante natural, eu estava conversando com Willie sobre idades, tempo... Ele é fantástico e uma pessoa perfeitamente ligada aos sentimentos.
O lançamento do álbum esta previsto para 28 de setembro e também inclui uma faixa com o ex-Doobie Brother Michael McDonald, que ajudou com backing vocals em "Don't Say Goodbye". Todos os outros músicos originais da banda participam de "World Gone Crazy" e ainda tem o produtor das antigas, Ted Templeman, só para não perder magia incomum do som Doobie Brothers. A mesma que os levou para o Hall of Fame em 2004 como Grupo Vocal. O som que faziam era um country rock, com leve tendência para o gospel e com utilização de instrumentos de sopro. Em 1972, o LP Tolouse Street (que trazia o sucesso "Listen To The Music") ganhou o primeiro disco de ouro, que seria uma constante na carreira do conjunto daí em diante. Em 1974, uniu-se ao grupo o guitarrista Jeff Baxter. No Brasil outro grande sucesso foi What A Fool belives. Entretanto, lá fora emplacou muitos como: "Black Water", "China Grove" e "Talkin 'It To The Streets. Michael McDonald se juntou ao grupo em 1978 daí, ganharam quatro prêmios Grammy e sua voz afetuosa se tornou assinatura Doobie Brothers. É dele também, aquele piano bacana que a bruxa da Rita Lee roubou para a introdução de Lança Perfume. Pouco depois disso,em 1981, deixou o Doobie Brothers para uma carreira solo. A banda foi morro abaixo e a dissolução foi inevitável, mas breve. O resto dos caras se reuniram e continuaram a gravar e a fazer turnês nas décadas seguintes. Ao longo da sua carreira, venderam 30 milhões de discos, e neste ano passaram boa parte do tempo gravando o novo disco e voltaram para estrada juntos com o grupo Chicago.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A FOME DE MARINA


Por José Ribamar Bessa Freire
Professor, coordena o Programa de Estudos dos Povos Indígenas (UERJ) e pesquisa no Programa de Pós-Graduação em Memória Social (UNIRIO)

Há pouco, Caetano Veloso descartou do seu horizonte eleitoral o presidente Lula da Silva, justificando: "Lula é analfabeto". Por isso, o cantor baiano aderiu à candidatura da senadora Marina da Silva , que tem diploma universitário. Agora, vem a roqueira Rita Lee dizendo que nem assim vota em Marina para presidente, "porque ela tem cara de quem está com fome".

Os Silva não têm saída: se correr o Caetano pega, se ficar a Rita come.
Tais declarações são espantosas, porque foram feitas não por pistoleiros truculentos, mas por dois artistas refinados, sensíveis e contestadores, cujas músicas nos embalam e nos ajudam a compreender a aventura da existência humana.
Num país dominado durante cinco séculos por bacharéis cevados, roliços e enxudiosos, eles naturalizaram o canudo de papel e a banha como requisitos indispensáveis ao exercício de governar, para o qual os Silva, por serem iletrados e subnutridos, estariam despreparados.
Caetano Veloso e Rita Lee foram levianos, deselegantes e preconceituosos. Ofenderam o povo brasileiro, que abriga, afinal, uma multidão de silvas famélicos e desescolarizados.
De um lado, reforçam a ideia burra e cartorial de que o saber só existe se for sacramentado pela escola e que tal saber é condição sine qua non para o exercício do poder. De outro, pecam querendo nos fazer acreditar que quem está com fome carece de qualidades para o exercício da representação política.
A rainha do rock, debochada, irreverente e crítica, a quem todos admiramos, dessa vez pisou na bola. Feio."Venenosa! Êh êh êh êh êh!/ Erva venenosa, êh êh êh êh êh!/ É pior do que cobra cascavel/ O seu veneno é cruel.../ Deus do céu!/ Como ela é maldosa!".
Nenhum dos dois - nem Caetano, nem Rita - têm tutano para entender esse Brasil profundo que os silvas representam.
A senadora Marina da Silva tem mesmo cara de quem está com fome? Ou se trata de um preconceito da roqueira, que só vê desnutrição ali onde nós vemos uma beleza frágil e sofrida de Frida Kahlo, com seu cabelo amarrado em um coque, seus vestidos longos e seu inevitável xale? Talvez Rita Lee tenha razão em ver fome na cara de Marina, mas se trata de uma fome plural, cuja geografia precisa ser delineada. Se for fome, é fome de quê?
O mapa da fome
A primeira fome de Marina é, efetivamente, fome de comida, fome que roeu sua infância de menina seringueira, quando comeu a macaxeira que o capiroto ralou. Traz em seu rosto as marcas da pobreza, de uma fome crônica que nasceu com ela na colocação de Breu Velho, dentro do Seringal Bagaço, no Acre.
Órfã da mãe ainda menina, acordava de madrugada, andava quilômetros para cortar seringa, fazia roça, remava, carregava água, pescava e até caçava. Três de seus irmãos não aguentaram e acabaram aumentando o alto índice de mortalidade infantil.
Com seus 53 quilos atuais, a segunda fome de Marina é dos alimentos que, mesmo agora, com salário de senadora, não pode usufruir: carne vermelha, frutos do mar, lactose, condimentos e uma longa lista de uma rigorosa dieta prescrita pelos médicos, em razão de doenças contraídas quando cortava seringa no meio da floresta. Aos seis anos, ela teve o sangue contaminado por mercúrio. Contraiu cinco malárias, três hepatites e uma leishmaniose.
A fome de conhecimentos é a terceira fome de Marina. Não havia escolas no seringal. Ela adquiriu os saberes da floresta através da experiência e do mundo mágico da oralidade. Quando contraiu hepatite, aos 16 anos, foi para a cidade em busca de tratamento médico e aí mitigou o apetite por novos saberes nas aulas do Mobral e no curso de Educação Integrada, onde aprendeu a ler e escrever.
Fez os supletivos de 1º e 2º graus e depois o vestibular para o Curso de História da Universidade Federal do Acre, trabalhando como empregada doméstica, lavando roupa, cozinhando, faxinando.
Fome e sede de justiça: essa é sua quarta fome. Para saciá-la, militou nas Comunidades Eclesiais de Base, na associação de moradores de seu bairro, no movimento estudantil e sindical. Junto com Chico Mendes, fundou a CUT no Acre e depois ajudou a construir o PT.
Exerceu dois mandatos de vereadora em Rio Branco , quando devolveu o dinheiro das mordomias legais, mas escandalosas, forçando os demais vereadores a fazerem o mesmo. Elegeu-se deputada estadual e depois senadora, também por dois mandatos, defendendo os índios, os trabalhadores rurais e os povos da floresta.
Quem viveu da floresta, não quer que a floresta morra. A cidadania ambiental faz parte da sua quinta fome. Ministra do Meio Ambiente, ela criou o Serviço Florestal Brasileiro e o Fundo de Desenvolvimento para gerir as florestas e estimular o manejo florestal.
Combateu, através do Ibama, as atividades predatórias. Reduziu, em três anos, o desmatamento da Amazônia de 57%, com a apreensão de um milhão de metros cúbicos de madeira, prisão de mais 700 criminosos ambientais, desmonte de mais de 1,5 mil empresas ilegais e inibição de 37 mil propriedades de grilagem.
Tudo vira bosta
Esse é o retrato das fomes de Marina da Silva que - na voz de Rita Lee - a descredencia para o exercício da presidência da República porque, no frigir dos ovos, "o ovo frito, o caviar e o cozido/ a buchada e o cabrito/ o cinzento e o colorido/ a ditadura e o oprimido/ o prometido e não cumprido/ e o programa do partido: tudo vira bosta".
Lendo a declaração da roqueira, é o caso de devolver-lhe a letra de outra música - 'Se Manca' - dizendo a ela: "Nem sou Lacan/ pra te botar no divã/ e ouvir sua merda/ Se manca, neném!/ Gente mala a gente trata com desdém/ Se manca, neném/ Não vem se achando bacana/ você é babaca".
Rita Lee é babaca? Claro que não, mas certamente cometeu uma babaquice. Numa de suas músicas - 'Você vem' - ela faz autocrítica antecipada, confessando: "Não entendo de política/ Juro que o Brasil não é mais chanchada/ Você vem... e faz piada". Como ela é mutante, esperamos que faça um gesto grandioso, um pedido de desculpas dirigido ao povo brasileiro, cantando: "Desculpe o auê/ Eu não queria magoar você".
A mesma bala do preconceito disparada contra Marina atingiu também a ministra Dilma Rousseff, em quem Rita Lee também não vota porque, "ela tem cara de professora de matemática e mete medo". Ah, Rita Lee conseguiu o milagre de tornar a ministra Dilma menos antipática! Não usaria essa imagem, se tivesse aprendido elevar uma fração a uma potência, em Manaus, com a professora Mercedes Ponce de Leão, tão fofinha, ou com a nega Nathércia Menezes, tão altaneira.
Deixa ver se eu entendi direito: Marina não serve porque tem cara de fome. Dilma, porque mete mais medo que um exército de logaritmos, catetos, hipotenusas, senos e co-senos. Serra, todos nós sabemos, tem cara de vampiro. Sobra quem?
Se for para votar em quem tem cara de quem comeu (e gostou), vamos ressuscitar, então, Paulo Salim Maluf ou Collor de Mello, que exalam saúde por todos os dentes. Ou o Sarney, untuoso, com sua cara de ratazana bigoduda. Por que não chamar o José Roberto Arruda, dono de um apetite voraz e de cuecões multi-bolsos? Como diriam os franceses, "il péte de santé".
O banqueiro Daniel Dantas, bem escanhoado e já desalgemado, tem cara de quem se alimenta bem. Essa é a elite bem nutrida do Brasil...
Rita Lee não se enganou: Marina tem a cara de fome do Brasil, mas isso não é motivo para deixar de votar nela, porque essa é também a cara da resistência, da luta da inteligência contra a brutalidade, do milagre da sobrevivência, o que lhe dá autoridade e a credencia para o exercício de liderança em nosso país.
Marina Silva, a cara da fome? Esse é um argumento convincente para votar nela. Se eu tinha alguma dúvida, Rita Lee me convenceu definitivamente.


35 mil hectares de vegetação viraram cinzas - CERRADO EM CHAMAS!

CERRADO EM CHAMAS!
Na Estação Ecológica de Águas Emendadas, 145 militares trabalham para apagar as chamas. De acordo com o Batalhão de Incêndio, o fogo teve início às 8h e até por volta das 22h ainda consumia uma grande área da reserva. Sete viaturas, um helicóptero da corporação e um caminhão pipa ajudaram a combater a queimada durante o dia. À noite, os bombeiros usavam abafadores e bombas costais.

Na Chapada Imperial, a maior reserva particular do DF, pelo menos 35 mil hectares de vegetação viraram cinzas. Desde as 6h, cerca de 50 bombeiros atuam na Chapada Imperial. A região corresponde a uma Área de Proteção Ambiental (APA) e também que está sendo consumida pelo fogo desde a última segunda-feira (6 de setembro).

Incêndio criminoso - CERRADO EM CHAMAS!

CERRADO EM CHAMAS!
Os responsáveis pela reserva acreditam que as labaredas não decorrem somente do clima seco. Para o coordenador da estação ecológica, Henrique Arakawa, a forma como as chamas se alastraram caracteriza um incêndio criminoso. “Como começou no meio da estação, provavelmente alguém colocou fogo”, disse Arakawa. O coordenador, no entanto, ressalta as dificuldades de encontrar o responsável. “Quando é uma queimada criminosa, dificilmente conseguimos encontrar o instrumento usado”, exemplificou.

A administração da reserva ainda não fez registro de animais mortos. "Nesse primeiro momento, a preocupação é controlar o fogo em si", disse o gerente de Unidades de Conservação do Instuto Brasília Ambiental (Ibram), Ronaldo Soares. No entanto, ele acredita que espécies de répteis e anfíbios sejam as mais afetadas, já que os animais de grande porte têm uma maior capacidade de fuga. A aves também são apontadas como um dos grupos mais prejudicados, pois perdem as ninhadas e seu habitat.

Bombeiros combatem rodando em vans - CERRADO EM CHAMAS!


CERRADO EM CHAMAS!
O DF tem quase 500 bombeiros com formação específica para combater o fogo no cerrado, mas quase 150 estão lotados na área administrativa. Os 350 restantes se dividem em escalas de plantão com 12 horas de serviço e 72 horas de folga.
Sem as caminhonetes, as equipes de reforço são transportadas em dois ônibus e duas vans comuns, pesadas, lentas, incapazes de rodar em estradas estreitas e mal conservadas. Eles também não contam com caminhões e apoio aéreo adequados. Os modelos de caminhões de água do Corpo de Bombeiros do DF são para combate a incêndio em área urbana. Não conseguem correr em rodovias asfaltadas nem rodar pelas áreas rurais com segurança e, muito menos, entrar em reservas ambientais. A corporação nem sequer tem caminhões-pipa próprios, que poderiam ajudar levando água a áreas de mata fechada por meio dos geradores e mangueiras existentes em quase todos os quartéis.
Faltam Bombeiros

O último concurso do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal foi em outubro de 1999. Onze anos sem concurso.



Três Helicópteros e pouca água - CERRADO EM CHAMAS!


CERRADO EM CHAMAS
Além dos atendimentos de emergência, principalmente em acidentes automobilísticos, na seca, os três helicópteros do Corpo de Bombeiros são acionados praticamente apenas para avistarem os focos de incêndio nos lugares de mais difícil acesso e medirem a extensão de queimadas. As aeronaves podem carregar uma bolsa com água de 200 litros, mas com quantidade insuficiente. “É praticamente ineficaz o combate a incêndio com o helicóptero, pois ele leva pouca água. Serve mais para refrescar a equipe em terra que apagar o fogo”, afirma o tenente-coronel Paulo Roberto, porta-voz da corporação.
Corporação evitou tragédias
Com o agravamento da estiagem, o consequente aumento de incêndios e a falta de apoio aéreo e picapes, os 150 bombeiros do Grupamento de Proteção Ambiental têm trabalhado no limite. Chegam a passar as 12 horas de plantão sem comer para evitar o alastramento do fogo. O comando prioriza as ocorrências em reservas ambientais e em áreas onde as labaredas ameaçam propriedades rurais e casas. A estratégia tem dado certo. Mesmo com as deficiências, a corporação evitou tragédias. Até agora, não houve acidentes graves nem a destruição de parques ecológicos, como em anos anteriores.


foto Adriano Gambarini

Animais peçonhentos reagem - CERRADO EM CHAMAS!

 


CERRADO EM CHAMAS
Fumaça, buraco e cobra são os maiores perigos
Em meio às labaredas, uma das maiores preocupações é com a inalação de grande quantidade de fumaça: trabalho no limite. A região do Lago Oeste apresenta as piores condições encontradas pelos bombeiros no DF. Lá há vales onde venta muito e o terreno próximo às nascentes de água é íngreme e esconde uma infinidade de pedras pontiagudas e buracos. “O relevo e o vento são o que mais dificulta o combate a incêndios em Brasília. E, em meio ao fogo, os animais peçonhentos saem das tocas e atacam o que veem pela frente”, contou o capitão João Felipe Zeidan Neto, 52 anos. Nas quase três décadas trabalhando no Corpo de Bombeiros, ele presenciou vários acidentes com colegas durante o combate a incêndios. “Muitos foram picados por cobras ou sofreram torções nos pés.”

Cascavel do Cerrado  (Crotalus Durissus Collilineatus)

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O Rock Rural do Álbum Chão Vermelho nas lojas Baratos Afins e Discoteka!

No início dos anos setenta, nascia o rock rural. Sá, Rodrix & Guarabira foram pioneiros em usar a linguagem folk, o rock da galera hippie com nossas sonoridades regionais. Com eles, a banda O'Seis, os brasilienses Os Primitivos, Ruy Maurity Trio, Zé Geraldo, Quinteto Violado, o Raices de América – do amigo Tony Osanah -, Raul Seixas, Alceu Valença, Banda de Pau e Corda, Quinteto Armorial, Santarén, Ave Sangria também ajudaram a alastrar esse estilo, que por muito tempo ficou guardado nos discos de vinil. Agora, o selo Guitarra Brasileira e a Tratore estão lançando o novo CD da banda Rioclaro nas lojas. Pela primeira vez, tematizando o cerrado brasileiro no bom, velho e poeirento rock rural.


Onde Encontrar o CD Chão Vermelho
A lista abaixo indica as lojas que compraram este CD recentemente. Entre em contato com a loja para garantir que o CD ainda está em estoque.
SP - São Paulo

Baratos Afins - Tel: 11 3223-3629
Discoteka - rod - Tel: 11 5906-0456

Para ter o Álbum Chão Vermelho na sua loja:
http://www.tratore.com.br/

Tratore distribuição

R. João Moura, 624
São Paulo / SP
05412-001
Tel: 11 3085-1246

sábado, 4 de setembro de 2010

Num show da banda Rioclaro



Por Daniel faria

E pensar que ontem mesmo você gostaria de dormir por 5 meses, acordar em outro ano, qualquer ano, menos este. Ajustar o despertador para depois dos fogos de artifício e das promessas, as mesmas furadas de sempre. Mas, acordar num momento diferente, mesmo que por um mero ajuste no calendário, escrevendo bobagens como:


Cínicos, desossados

Trincados, traídos

Pelo destino

Rivotril e ritalina,

Todo efeito

Colateral é benefício.

Ela veio e sugou

O que restava de energia

Para o ano que passa

O presente mês, que assassina.

Enquanto hoje, o sol vai baixando, as nuvens de dourado a vermelho, a música sopra o espaço que se infla como um balão. Há reflexos na água, bronze de fim de tarde. Duas garotinhas dançam no campo de futebol, o gramado verde, os vestidos branco e vermelho contra a encosta matizada de verde a cinzanegro. Depois de embaralhar a consciência, as coisas se misturam, as cores, a música não vem do palco em que meu irmão toca, salta do lago depois de um mergulho, música viscosa que preenche o espaço como um aquário. Não sei bem quando, meu irmão vem e me pergunta se estou acordado. Desperto, ele quis dizer, talvez. Iluminado. Não neste momento, agora estou apenas sentindo os impactos do mundo como se eu fosse uma engrenagem a mais. A alegria entrando pelo ouvido, passando do coração aos olhos, às cores, ao som, ao espaço. Você é mesmo um otário, querer dormir por 5 meses. Uma mulher linda, Namara, nome sonoro (“aura amara branqueia os bosques carcome a cor da espessa folhagem” etc), um sorriso. E isso basta, um nome e um sorriso contra a música, o lago, a encosta e as cores mutantes de um céu imprevisível. Ela deve ter achado esquisito, você só querer saber o nome dela. Mas, sabe o que é Namara? Ontem eu estava numa onda assim:

O que resta

Do desejo e da ingenuidade

É um velho carro branco.

O que resta

Do desejo e da ingenuidade

É a esperança

De morrer cedo.

O que resta

Do desejo e da ingenuidade

É um aceno do silêncio.

O que resta

Do desejo e da ingenuidade

É se despedir do calendário.

Dormir por 5 meses

E acordar no reveillon –

Sempre.

O que resta

Do desejo e do calendário

É a ingenuidade de uma conversa

Imaginária, jamais iniciada.

“A barra é pesada

A solidão reconhece sua sombra

No espelho

Mereceríamos mais

Do que a morte?

Quem sabe, daqui

A 5 meses”

E aqui, neste momento, quero ficar desconectado do mundo, meio assim, à parte. É impressionante como, desligado, você sente outra solidariedade com a vida, com os desconhecidos, com a música, com tudo o que não foi feito pra você. Um esquisito num mundo esquisito e alegre. O egoísmo vai sumindo, não sem antes te assustar, como se sua sombra fosse mais densa que você e te ameaçasse, um soco na boca do estômago. Mas o egoísmo some, enquanto a música vai chegando ao fim, tudo vai escurecendo e, num último acorde, o céu se cristaliza, como um sorriso. Amanhã estarei disposto, pronto pra acordar, meu irmão.

Daniel é irmão do baixista Renato Faria