quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Anthony Steffen - Um Brasileiro Chumbo Grosso


Antonio de Teffè, que se tornou conhecido como Anthony Steffen, tinha dupla nacionalidade e ficou famoso na Itália na mesma vertente que projetou Clint Eastwood


Há 15 anos ele estava afastado do cinema e há quatro morava no Rio, numa cobertura no Leblon, onde lutava contra o câncer que terminou por vencê-lo. Antonio de Teffè tinha 73 anos. Com o pseudônimo de Anthony Steffen, foi um dos astros –com Clint Eastwood, Giuliano Gemma e Franco Nero – da tendência chamada de spaghetti western. Os faroestes macarrônicos podiam ser o alvo preferido de pancada dos críticos, pelo menos até que Sergio Leone desse ao gênero sua carta de nobreza, mas o público adorava aqueles filmes.

Quando Anthony Steffen entrava em cena, envolto num poncho surrado e com aquela barba por fazer, entrava algum instrumento lancinante de fundo – um trompete, quase sempre – e a massa já sabia que o pau ia correr solto. Anthony Steffen foi sempre sinônimode encrenca na tela. Ele próprio sabia disto e, certa vez, analisando o sucesso dos spaghetti westerns, arriscou sua interpretação do fenômeno. Disse que o mundo estava mudando nos anos 1960 e, se os faroeste feitos na Itália faziam mais sucesso do que os autênticos, produzidos pelos americanos, é porque eram mais cruéis, mais verdadeiros. "Eram duros e extremamente realistas", disse Steffen.

Na sua fase áurea, ele era um figurão de 1,90m e olhos azuis que enlouquecia as platéias femininas e os homens respeitavam porque era mal-encarado. O fato de ter morrido no Brasil não foi acidental. Steffen, ou Antonio de Teffè, era ítalo-brasileiro. O ex-caubói nasceu na Embaixada do Brasil em Roma, filho do embaixador Manuel de Teffè, e por isto tinha dupla nacionalidade. Foi batizado com o imponente e aristocrático nome de Antonio Luís de Teffè von Hoonbolz, em homenagem ao bisavô, um aristocrata de origem prussiana que foi almirante-chefe da frota brasileira na época de Dom Pedro II e que recebeu do imperador o título nobiliárquico de Barão de Teffè.

O jovem barão de Teffè foi um playboy que terminou cooptado pelo cinema. Em 1954, fez o primeiro filme, ainda como Antonio de Teffè – Gli Sbandati, sobre uma história da 2.ª Guerra. Desempenhou múltiplas funções no cinema. Antes de estrear como ator, foi assistente de direção de Mauro Bolognini em Ci Troviamo in Galeria, de 1953 – e o filme era interpretado pela jovem Sophia Loren e por Alberto Sordi. Foi produtor (Django, oBastardo, em 1969) e roteirista (Os Mil Olhos do Assassino, em 1974). Em 1965, quando o spaghetti western já se tornara o gênero dominante da produção industrial italiana, foi cooptado pelo diretor Edoardo Mulargia, que o convidou para estrelar um daqueles bangue bangues filmados nas planícies de Almeria, na Espanha, escolhidas pela semelhança com as pradarias dos Estados Unidos.

Antonio de Teffè gostava de contar que a única exigência do diretor foi a de que ele soubesse montar. Disse que era um cavaleiro estupendo, mas não era. Nunca havia montado num cavalo e esse foi apenas o começo de seus problemas com eqüinos. Mais tarde, durante a rodagem de um dos 23 spaghetti westerns que interpretou – quase sempre, ou sempre, dispensando dublês –, sofreu um acidente. O cavalo rodou e caiu sobre ele. Antonio de Teffè teve de ser hospitalizado. Pegou ódio de cavalo, mas seguiu montando, por razões de ordem profissional.

Esgotado o ciclo de sucesso do gênero, ele diversificou sua área de atuação, mas não deixou de trabalhar. Um de seus sucessos longe do western foi um filme intitulado O Amante, que não tinha nada a ver com a adaptação que o francês Jean-Jacques Annaud fez do romance de sua compatriota Marguerite Duras. O amante de Anthony Steffen era um garanhão de 50 anos, por quem se apaixonava uma noivinha de 19 anos. Não era só no Velho Oeste que Anthony Steffen causava confusão.

Estava casado com Cristina e tinha dois filhos de um casamento anterior, Manuel, de 32 anos, e Luiz, de 28, ambos residentes na Itália. Nos últimos anos, o caubói que tinha a fama de querer ser livre e solto, havia-se domesticado. Após o divórcio do primeiro casamento, assediado pelas mulheres, ele dizia que nunca mais queria saber de comprometimentos afetivos. Chegou a dizer: "Não há nenhuma constituição que nos obrigue a casar". O mais curioso é que Antonio de Teffè, ou Anthony Steffen, brilhou numa fase em que Clint Eastwood também esculpia o mito docaubói taciturno nos spaghetti westerns de Sergio Leone. Clint virou o grande diretor que todo mundo reconhece. Teffè/ Steffen teve a sorte de Franco Nero e Giuliano Gemma. O primeiro ficou famoso como Django e até hoje vive casado com Vanessa Redgrave, com quem dividiu a cena no musical Camelot. Giuliano Gemma estrelou o primeiro spaghetti western a fazer sucesso no Brasil – O Dólar Furado– e depois continuou a freqüentar o gênero, até que o filão se esgotasse (e a carreira fosse para o espaço). Os fãs devem lembrar-se de todos eles. Vasculhe aí a memória e lembre-se – Anthony Steffen, como bom personagem de western à italiana, não era exatamente um mocinho. Mas era chumbo grosso e foi assim que entrou para a história do gênero.









LUIZ CARLOS MERTEN
(© O Estado de S. Paulo)




1985

L'ultimo pirata (USA/Italia/Spagna, 1985)di Edvard Muller - con Linda Blair, Anthony Steffen, Ajita Wilsongenere DrammaticoScheda film
1974

Eroticofollia (Italia/Spagna, 1974)di Mario Siciliano - con Anthony Steffen, Pilár Velasquez, Richard Conte, Daniela Giordanogenere HorrorScheda film
1974

Quel ficcanaso dell'ispettore Lawrence (Italia, 1974)di Juan Bosch - con Anthony Steffen, Antonio Pica, Maria Kosti, Raf Baldassarregenere PoliziescoScheda film
1974

Lo credevano uno stinco di santo (Italia/Spagna, 1974)di Juan Bosch - con Anthony Steffen, Daniel Martin, Tania Alvarado, Manuel Guitian, Fernando Sanchogenere WesternScheda film
1974

Gli assassini sono nostri ospiti (Italia, 1974)di Vincenzo Rigo - con Anthony Steffen, Margaret Lee, Livia Cerini, Giuseppe Castellanogenere ThrillerScheda film
1973

Il mio nome è Scopone e faccio sempre cappotto (Italia/Spagna, 1973)di Juan Bosch - con Anthony Steffen, Fernando Sancho, Gillian Hills, Ricardo Hundargenere WesternScheda film
1972

Sette scialli di seta gialla (Italia, 1972)di Sergio Pastore - con Anthony Steffen, Sylva Koscina, Jeannette Len, Giacomo Rossi Stuartgenere ThrillerScheda film
1972

Tequila (Italia, 1972)di Tullio Demicheli - con Anthony Steffen, Roberto Camardiel, Eduardo Fajanogenere ThrillerScheda film
1971

La notte che Evelyn uscì dalla tomba (Italia, 1971)di Emilio P. Miraglia - con Anthony Steffen, Marina Malfatti, Giacomo Rossi Stuartgenere HorrorScheda film
1971

Un uomo chiamato Apocalisse Joe (Italia/Spagna, 1971)di Leopoldo Savona - con Anthony Steffen, Eduardo Fajardo, Mary Paz Pondal, Stelio Candelligenere WesternScheda film
1970

Arriva Sabata!... (Italia, 1970)di Tullio De Micheli - con Anthony Steffen, Peter Lee Lawrence, Alfredo Majogenere WesternScheda film
1970

Shango, la pistola infallibile (Italia, 1970)di Edoardo Mulargia - con Anthony Steffen, Eduardo Fajardo, Giusva Fioravantigenere WesternScheda film
1970

Arizona si scatenò... e li fece fuori tutti! (Italia, 1970)di Sergio Martino - con Anthony Steffen, Marcella Michelangeli, Rosalba Neri, Roberto Camardielgenere WesternScheda film
1969

Django il bastardo (Italia, 1969)di Sergio Garrone - con Anthony Steffen, Rada Rassimov, Paolo Gozlino, Lu Kamante, Teodoro Corràgenere WesternScheda film
1968

Killer Kid (Italia, 1968)di Leopoldo Savona - con Anthony Steffen, Liz Barrett, Fernando Sancho, Ken Woodgenere WesternScheda film



quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Final da gravação do Álbum Chão Vermelho

CANTANDO O CERRADO

banda Rioclaro
agosto, setembro e outubro de 2008

Foram os meses compondo as músicas "Chão Vermelho", " O Rio", " Balada Country", " Seu Lugar", " Tião de Deus", " O Alforje", " Luar do Cerrado". " Nove Longas Noites" e " O Vento Levou".
Apenas "Engenho do Mato", " Minha Capital" e "Longneck" não foram escritas naqueles dias.
Novembro de 2008
Em poucos ensaios, testamos as novas músicas. "Longneck" já fazia parte dos shows desde julho.
Dezembro de 2008
Tínhamos 12 novas canções para o disco. Começaram os primeiros ensaios e decidimos que Chão Vermelho seria o nome o novo álbum.
Janeiro 2009
Antes de entrarmos no GR 01 Studio, passamos muitas tardes na pré produção do álbum Chão Vermelho. Daí, definimos e escrevemos os arranjos.
Fevereiro 2009
Gravamos as guias de cada canção no estúdio de Victor Lacombe e assim, ganhamos tempo no GR 01 para as gravações dos takes originais.
Março 2009
Começamos a gravar as baterias. Gravar um álbum com 12 canções próprias e em português, pode ser algo bem normal para uma banda de rock, mas acreditem: isso pouco acontece com as bandas countries brasileiras. O GR 01 é um bom estúdio na cidade de Taguatinga ( DF ) com uma sala para voz e instrumentos e no fundo existe outra de batera. Parece um pequeno altar de centro de macumba... Com os mesmos mistérios. Por isso, o som da bateria de Victor nem vai precisar daqueles efeitos adicionados depois da gravação, é pura "Mandinga".
Renato gravou os baixos umas duas semanas depois . Seus takes foram tocados com pegadas à la Stu Cook. Acho que parte das canções do álbum vieram das prosas com o Renato antes dos ensaios . O cara é o mais pisicodélico da banda e isso trouxe "imagens", "alucinações" e certa "melancolia" para o disco. Esse lance, pode ser deprimente na hora de escrever, no entanto oferece "reflexão". Essas coisas são bacanas pro nosso Rockizin Rural, então, por que não?
Abril 2009
Tivemos a participação, muito especial, de Thiago Cruz tocando violino em 5 faixas. Então, amigos... Usando duas sessões, de seis horas por semana, gravei 23 violões nas 12 faixas. Só saía do estúdio para - como diz nosso engenheiro de som, Grillo - "pitar un cigarrin ". Paulo gravou pedal steel em 4 faixas.
Maio 2009
Victor Lacombe convidou um amigo para tocar pandeiro em "Engenho do Mato" e fazer percussão em outras faixas. Camacho começou a gravar suas guitarras. Depois disso, Paulo Steel gravou banjo em "Chão Vermelho", "Nove longas noites" e "Seu lugar" e dobro em " O Alforje", " Engenho do Mato", " Luar do Cerrado" e "Chão Vermelho".
Junho 2009
Camacho finalizou os takes de gaita, guitarra base e solo. Em seguida, Paulo também fez suas guitarras bases e solos. Acreditem: as canções estávam soando muito bem.
Julho 2009
Grillo colocou seu acordeom mágico em 3 faixas e eu comecei a gravar as vozes.
Buscando o som do "Chão Vermelho" pesquisamos muito o que a galera do country americano tá fazendo nos dias de hoje. O que aconteceu foi naturalmente diferente. Graças a poeira do Cerrado e aos nossos velhos álbuns de Allman Brothers, Creedence, Sá, Guarabira e do Rodrix.
Agosto 2009
Terminamos as vozes principais e com a participação especial de Joe para produzir os vocais.
Setembro 2009
Gleno Rossi participou cantando "Tião de Deus" ( Um tributo à Tião Carreiro ) e Aquiles Junior dividiu os vocais comigo em " Nove Longas Noites". Certa vez escrevi uma versão, mas os caras da editora não liberaram. Assim, usei parte daquela letra em " Nove Longas Noites", que numa nova melodia ficou mil vezes melhor. Gravamos e editamos os Hiding tracks - gravações entre as músicas que vão ilustrar o álbum - e isso deu um clima bem bacana.
Agora entramos na fase da mixagem que é um processo que vem após a gravação das músicas e de muita importância na produção final de uma música. Na mixagem faremos o balanço final entre tudo o que foi gravado, estabelecendo os níveis de volume e timbre, de cada instrumento na música. Todos os instrumentos que foram gravados em canais separados, serão integrados para formar a música da maneira que ela será ouvida, para isso, deveríamos ter passado exatamente o que desejamos ter como resultado final para o Grillo, mas... Pobre homem... Eu disse pra ele:

- Grillo, preciamos de um som com se estivéssemos tocando numa boate vazia em 1973, deu pra entender?

- Uai, sómeeeeeeente!!! Disse ele.

Bom, tá no finzin galera. Enquanto isso Aquiles Junior, depois de gravar seus takes, deixou esse recado:

Expresso Rioclaro



Senhoras e Senhores sejam bem-vindos ao Expresso Rioclaro,
que parte agora deste chão vermelho com destino a qualquer lugar
deste Brasil de meu Deus...
feche bem os olhos e curta a viagem...
Ao pegar a estrada basta ouvir a sua imaginação.
Pelejando com a sorte nas curvas a poesia é sincera...
a saudade é a sina de cada esquina e a paixão inundará o seu andarilho coração...
boa viagem!!!
Aquiles J C Junior
Publicado no Recanto das Letras em 18/09/2009
Código do texto: T1816753


Ray Titto

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Festa Folk - banda Rioclaro

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O Botiquim Blues fica na praça do DI em Taguatinga DF e nós da banda Rioclaro, Chapéus Pralana e a Dallas Rock
te esperamos para a noite mais Folk de Brasília!!!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Dez anos de estrada country - Santa Maria Madalena


Valeu, Rose... Obrigado por nos lembrar!!!
E pra chegar aqui, pegamos um carona inesquecível lá em Rio Claro ( RJ ).
Santa Maria Madalena, região serrana do Estado do Rio de Janeiro - cerca de 230 km distante da capital.

Nesta semana voltaremos aos bons tempos do General Lee Country Music Saloon, na bela cidade de Cabo Frio. OOoooooowl, saudade!!!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

10 anos de Estrada Country - 1ª Parte Itaocara


por do sol na serra da bolívia
Foi numa breve reunião no bar do Agostinho - em Santa Rosa - que: eu, Marcelo Morcego, Ernani Junior e Cláudio Lós decidimos montar uma nova banda.

O nome Rioclaro & Santamaria veio de velhas lembranças de uma viagem ao sul do estado do Rio de Janeiro, quando pegamos uma carona na boléia de um caminhão, também existia a vontade de não seguir os nomes americanos usados pelas bandas countries brasileiras .

ernani junior




Os primeiros passos foram gravar " Solidão de Cowboy", produzido e gravado no estúdio de Kakao Figueiredo, e sair estrada afora.
Meses depois, indo para o noroeste, um trem da R.F.F.S.A. deixava outra manhã de 1999 para trás quando comentávamos sobre nossa primeira apresentação na região. Naquela época, éramos da banda Cadillac 55.

cláudio lós


Essa mesma estrada nos recepcionou sem qualquer destino e nos levou até um cara chamado Carlão D8, que venderia nossos shows para os rodeios de Santo Antônio de Pádua, para a festa de Valão do Barro e de Monte Alegre.



- D8 é de Itaocara ( tirando as aranhas caranguejeiras ) um lugar bom de viver; uns bares; lindas praças; lindas mulheres; um rio; Delei Falante e a galera de um lado para o outro ouvindo a Rádio Embalo FM. É o nosso Wolfman Jack, cara!!! Disse Marcelo Morcego.
marcelo morcego

castelinho

O sol brilhava manso sobre o parque São Clemente... Cheio de lagos, ilhas, pontes metálicas e os verões e outonos de outras estradas voltavam em cada estória contada por cada um de nós.

Passamos pelo Rio Grande, por Duas Barras, Macuco, Santa Maria Madalena, Poço Feio e Riograndina. Agora, alí bem perto, a admiração pressentida, na beirinha do Rio Paraíba do Sul: Itaocara!


Rodamos suavemente até o centro da cidade. Morcego trocou o CD, dizendo que a música da chegada tinha de ser “Thoughs of a fool” e silenciosamente ouvimos cada nota da canção de George Strait. Era uma tarde bonita e com o desejo que acima de nós houvessem as bençãos do céu, estendendo-se até dentro de nossos corações.

Nos aproximamos de um bar perto da praça muito limpa e encontramos uns caras. Perguntamos pela rádio Embalo FM. Eles disseram que o cara forte ainda era Carlão D8.

praça da matemática


-Dá uma passada lá! Ele deve estar entrando no ar agora. - Sugeriu um deles.


E lá estava D8. Surpreso com nossa visita e com uns cartazes de rodeio nas mãos.

- Que porra de chapéu é esse Morcego, virou pistoleiro? -

ray titto


(Morcego)

-Mudamos o nome da banda, e viemos te mostrar o nosso CD demo.

(D8)

- Vão me dizer agora que são sertanejos?

- Não cara, só estamos tocando algumas de nossas músicas... Mas, é country.

(D8)

- Mas, sertanejo é que dá dinheiro, meu filho !!!



(Morcego)

- Pô... Cê sabe,né?!?

(D8)

- Se for bom eu toco!!! - Disse D8.
Então, ele ligou o microfone e começou a falar da banda: "Eles não tem medo do novo, dão passos perigosos... Um sentimento cowboy os envolveu como a névoa da madrugada, agora sob uma larga aba de chapéu; o brilho extasiante da lua; ávida por corações apaixonados... Quem mora na beira da estrada? Quem mora na Mantiqueira? Quem? Quem, boi-tá-tá? Aqui... Eles... A banda que o vale pediu.!

D8 tocou “Solidão de um cowboy” e quando o sol se foi vermelho, a gente estava fazendo nosso primeiro programa de rádio.


Das ruelas de pedras até a beira do Rio Paraíba, por toda a cidade e por todo o vale, nossa canção vinha dos carros, bares e lojas. Observei o céu, com atenção além de qualquer lugar, vi os versos escritos numa noite de chuva, agora pertencendo a todas as noites.
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ray titto 1999


Com D8, também assinamos para abrir a II Expo de Itaocara, o primeiro show da banda. O que mais havia para fazer, na bela Itaocara ?

-Loucuras da noite!?! - Disse Morcego.

Aqui e assim, começou a Banda Rioclaro.
Ray Titto





fotos de Guillermo Planel e Ronaldo Amaral dos Santos

sábado, 25 de julho de 2009

terça-feira, 21 de julho de 2009

Banda Rioclaro no Moto Capital 2009


MOTO CAPITAL 2009 SHOW DE ABERTURA BANDA RIOCLARO
quinta feira dia 23 - 18h


MOTO CAPITAL 2009 com bares, boates, comercio de produtos motociclisticos, comidas, museu das motos, bandas, mais de 300 Moto Clubes ja confirmaram a presença, evento de motociclistas para motociclistas, apenas o local mudou do Projeto Orla para o Parque de Exposições e visando também melhores acomodações para todos nós.
Venham curtir mais um super evento em Brasilia - DF. em comemoração ao Dia do Motociclista (27/07), e que hoje faz parte do calendário motociclístico nacional, assim como do calendário oficial do Governo do Distrito Federal.
O evento alcança toda a população entre motociclistas e simpatizantes de Brasília e de outros estados brasileiros, chegando nesta edição a um publico estimado de cem mil pessoas em seus quatro dias de festa.
Temos hoje no Distrito Federal, mais de 100 mil motocicletas registradas. E este é sem sombra de duvidas um dos eventos que mais atrai os motociclistas de todo o Brasil, conduzido antes de tudo para ser um grande Encontro de Amigos.
Um fator importante, e que vem influindo no crescimento do Encontro Nacional de Brasília nos últimos anos, é o apoio incondicional a campanha nacional "ZOEIRA? TÔ FORA!" onde não se permite qualquer tipo de apresentação sobre motos, ou qualquer tipo de exibição que possa induzir à pilotagem agressiva, sendo estas atitudes fiscalizadas rigorosamente durante todo o evento.




23 a 26 de Julho
Descrição:
Um encontro de Estradeiros comemorando o dia do motociclista no planalto central. Você só pode ficar fora se gostar de zoeira!
BRASILIA

Organização:
Irmandade Estradeira
Observações:
CAMPANHA NACIONAL - ZOEIRA? TO FORA!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Era uma vez no Cerrado - Por Willian Bomberman



" Em um tempo muito distante, havia cowboys do asfalto em uma cidade cheia de concreto e chão empoeirado. Mas com o tempo isso foi acabando, e nos tablados onde se ouvia antigamente o barulho das botinas queimando surgiram grandes lojas de se vender carros, e os cowboys já se preparavam para largar a vida hillbilly... é aí onde nossa lenda começa.

Eis que no meio dessa cidade fantasma chegam uns carinhas. pareciam ter saído de um velho gibi do Tex de meu pai. Sacodiram a poeira e falaram: que começe a festa!
Mas como? Eis que surge no meio do estradão uma fada madrinha em seu carrão envenenado e oferece carona a um honk-tonk man com seu violão Jack, um guitarrista que lembra o wolverine arranhando as cordas de sua guitarra, um baixista que diz ter ressucitado Elvis apenas oferecendo long necks a ele, um steelman que faz uma montanha pegar fogo, um violinista que deixa os Cajuns de queixo caído e um baterista pirata que atravessou os sete mares desafiando o perigo.

Logo essa trupe conseguiu adeptos fiéis: Uma Srta Grande criadora de Cobras que as acompanhava sempre; Um garotinho gordo que se entitulava o Big Boss; Um carinha grande que lembra o João Grandão e seu fiel amigo Porro; Duas gêmeas que diziam conversar com um Wolf e ter a benção da Lua; uns bandits vindo do lado Western; Uma tribo de índios Dakota que trouxe consigo a Cavalaria; Umas Ladies de por qualquer marmanjo no chinelo; e uma Montanada louca de seguidores entre outros.

O salão estava lotado, a festa estava pronta. Muitos falavam que esses bandits tocando "aquele barulho infernal e mudassem para algo mais leve" teriam q tocar para as paredes mas não adianta, o som não parava nas paredes. Ia e voltava, ricocheteando como balas nos ouvidos do povo, que vendo aquele Batidão pronto regado a Marvada Jack de uns caras que vieram da BR-040 em uma Maquina Quentch que rodava por esse Brasil, se rendiam a musicalidade e se colocavam a dançar!

Os caras já eram sucesso, e mais uma vez a poeira se levantou na cidade sonho de Dom Bosco criando um novo sonho!
Mas a lenda não está completa... rs!
Reza a lenda que um carinha conhecido como garotinho bomba numa festa da Banda levou um CD com uma música estranha que os bandits adoraram. E em um estalo de luz resolveu dar esse CD a um amigo em Barretos que o passou pra outros amigos. Assim logo a fama dos Bandits transpassou as barreiras de Concreto City e hoje aquele som que pra muitos ia ser apenas "mais um som de uns aventureiros a pisar aqui" hoje é ressoado em falantes há milhas de distância...
Reza a lenda que até hoje se pode ouvir a voz desses bandits por aí... e que logo novos sons virão...

... Aow chão vermelho apaixonado!!!!

Fala seus bandits pestilentos!!!

Contei essa história aqui só pra falar uma coisa:

Hoje em dia muito Dj lá em Sampa toca Batidão nas festas e nas rádios... inclusive fala que foi Dj fulano, sicrano ou beltrano que criou a Mix... Mas q se dane... eu faria tudo traveiz!
E é uma alegria pra mim saber que de alguma forma eu sou parte nessa lenda... há quase 2 anos atrás em um Cowboy Beat no dia 20/07, vcs me deram meu maior presente que nunca esquecerei!

Feliz dia da amizade dia 20 pra vcs, não tinha data melhor pra Banda aniversariar!"




Wilian Bomberman é componente do Montana Country Show - Brasília

O Montana de Brasília surgiu em 2001, no dia 19 de abril, graças aos laços de Amizade entre o Montana de Campinas e o MCB (Movimento Country de Brasília).

Desde o começo de sua história lutou muito para conseguir o seu espaço e perseverar, levando-se em conta de que é O Montana Country mais distanciado geograficamente dos outros. Mas graças a perseverança e o espírito de nunca desistir, e não ter medo de recomeçar é que o Montana DF foi crescendo, solidificando, amadurecendo e criando laços de amizade.

Hoje em dia é considerado uma das potências de Brasília e entorno, sempre presente em todas as festas, e em todos os eventos nacionais

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Rioclaro nas tardes de domingo



O incauto que se deixar levar tão somente pelo que sugere um domingo de sol, poderá achar que este dia é um daqueles dias que encanta apenas à bandas como Allman Brothers, Lynnyrd Skynnyrd...





e aqueles que são adeptos dos deliciosos churrascos pelos quintais do Brasil.



Aqui no Centro-Oeste, não é preciso um mergulho tão profundo no tempo destas bandas para se abobalhar com os shows feitos sob o cintilante céu do Cerrado.

Daí, a quase inevitável predisposição a nos apaixonar cada vez mais pelo "chão vermelho".

... Como se o domingo, envaidecido de sua própria função, nos preseteasse o exercício de nossa profissão.

Aqueles momentos inimagináveis reverenciados nas conversas de mesa de bar ou num breve sonho...

Tocar nossas canções num domingo de sol traduz, em poucas linhas, encontros minuciosos de tipos felizes , famílias e amigos entregando-se ao som da banda com pura alegria.



Diferente de outros estilos musicais, tocar um "countryzin" é deixar-se levar pelo fascínio desta natureza.

O por do sol é exemplo claro disto. Suas cores embriagam prosas urbanas, fruto da imersão de autores...

Desconhecedores deste lado de cá, mas ainda assim sedentos de relatá-lo.
Vã ilusão...


Já dizia o rei: "Além do horizonte, existe um lugar..."

sábado, 11 de julho de 2009

A musa country Keyla Polizello


Keyla Polizello é a nova integrante do Crystal Top Team


A competidora de Três Tambores Keyla Polizello agora faz parte do time de estrelas do Crystal Top Team.

Com apenas 23 anos, Keyla já é uma das mais importantes competidoras da história da modalidade no Brasil. A atleta é dona de uma trajetória surpreendente: iniciou sua carreira aos 5 anos, aos 7 anos, em seu primeiro rodeio, em Presidente Prudente já se consagrou campeã.
Desde esta época Keyla começou a colecionar vários títulos como pentacampeã de Jaguariúna (1996/97/ 2004/06/07), seis vezes campeã em Barretos (1994/95/97/2004/06), bicampeã da Federação Nacional do Rodeio Completo, quatro vezes campeã em Presidente Prudente, cinco vezes campeã em São José do Rio Preto, quatro vezes campeã em Goiânia, campeã em Mirassol, Paulo de Faria, Catanduva, Festa dos Campeões, entre outros. Entre os prêmios, ela já levou para casa cerca de 55 motos, 1caminhonete e premiação em dinheiro. Keyla Polizello vai competir pela primeira vez como integrante do Crystal Top Team na etapa do Circuito em Guaxupé (MG), de 09 a 12 de julho.

Crystal Top Team

O Crystal Top Team é um grupo de competidores e profissionais de rodeio de alto nível que recebem apoio da cerveja Crystal. Os profissionais Top Team são reconhecidos e premiados pelo Brasil e pelo mundo por sua atuação no rodeio. Competidores de rodeio em touro, em cavalo (estilo cutiano), três tambores, madrinheiro e laçador, locutor, tropeiros, juízes e todos os que fazem das arenas brasileiras lugar de emoção, adrenalina e profissionalismo fazem parte deste time de campeões.

Fonte Movimento Country

terça-feira, 30 de junho de 2009

Rioclaro ao vivo no Expressões Oi!



"Em nome da Oi, gostaríamos de agradecer seu interesse em participar do projeto Expressões Oi. Dentro de mais de 3 mil obras postadas em espaço de tempo tão curto, seu trabalho foi selecionado por nossos curadores à participar de nosso evento de celebração na cidade de Brasília.
Esse evento acontece agora dia 5 de julho... "


Banda: Rio Claro
Local:PARQUE DA CIDADE
Portao principal / Setor Comercial Sul. Perto do Estacionamento da administraçao e do parque Ana Lidia
Horario da apresentação: 14:00
Tempo de apresentaçao 30 min

Ditadura beata

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Contestado por alguns fiéis, as pinturas de Galeno na Igrejinha ganharam sábado à tarde um abraço da comunidade. Entre eles artistas da Capital, estudantes de Brazlândia - a cidade do artista - e nós da banda Rioclaro.

sábado, 27 de junho de 2009

Tá no blog Diário Sertanejo!


"De: Fabinho Dornelles
Para: Adriana em 08/06/2009
Meu e-mail Oi lindona... Noticia quentinha pra vc e seus amigos da Banda Rio Claro...a música deles tocou bastante por aqui no Embaixada e no Hortência, duas das maiores casas Country de SP."

Valeu, Fabinho Dornelles... Nós da banda Rioclaro ficamos felizes por saber dessa novidade e esperamos que o nosso novo álbum - quando estiver pronto - role por aí também.
Um abração!


Encontre o blog da Adriana no nosso Blog Roll/ Country/ link.

Paul McCartney sob o céu do Cerrado.


No ensaio de ontem, quando rolou um intervalo, falávamos da morte do Michael Jackson; de uma nova cerveja preta e do último álbum do U2... Daí gritou Victor Lacombe: " Não vai ser o U2, o Paul McCartney virá para os 50 anos de Brasília!!!". Renato Faria e Paulo Steel berraram como animais da pré história e eu disse:
- Cara, vocês gostam de Southern Rock !?!
- Véio, Paul McCartney é Paul McCartney... Nada é maior que os Beatles. Disse Renatão.
É que o colunista Lauro Jardim - disse Lacombe -publicou em seu blog Radar Online, na revista Veja, que é quase certa a vinda do ex-Beatle Paul McCartney ao Brasil em 2010. Conforme Jardim, o empresário Luiz Oscar Niemeyer praticamente fechou dois shows do músico em abril: um em São Paulo e outro em Brasília, para a comemoração dos 50 anos da Capital federal.
O novo giro de McCartney passará por cerca de 100 cidades, deverá durar dois anos e provavelmente será a última megaturnê de sua carreira. Jardim foi o primeiro jornalista a informar sobre a vinda de Madonna ao Brasil em 2008. Na época, bem antes de qualquer confirmação oficial, ele foi certeiro ao cravar cinco shows dela no país.


Paul nasceu no Hospital General de Liverpool, Inglaterra, onde sua mãe, Mary, tinha trabalhado como enfermeira na maternidade alguns anos antes. Ele tinha um irmão, Michael, que nasceu no dia 7 de janeiro de 1944. Foi batizado com o nome de James Paul McCartney na igreja católica, sua mãe era católica e o pai protestante que posteriormente tornou-se agnóstico. Como muitos de Liverpool, os McCartney tinha ascedência irlandesa.

Aos onze anos, Paul passou a freqüentar a escola Liverpool Institute, foi no ônibus a caminho da escola que Paul conheceu George Harrison. Em 1955, os McCartney mudaram-se para 20 Forthlin Road, em Allerton. Atualmente a casa dos McCartney faz parte do The National Trust. Organização que protege e conserva locais de interesses históricos na Inglaterra-.

No dia 31 de outubro de 1956, aos 14 anos, Paul perdeu a mãe que faleceu de embolismo após uma mastectomia para conter o câncer de seio. Esse acontecimento faria posteriormente com que Paul se sentisse próximo a John Lennon que também perdeu a mãe precocemente aos 17 anos. O primeiro encontro aconteceu quando Paul assistiu um show dos Quarrymen em Woolton (subúrbio de Liverpool), esta seria a banda que daria origem aos The Beatles. No início, a tia de John desaprovou a amizade dos dois pois McCartney vinha da classe operária. A entrada de McCartney para a banda se deu após Lennon ver McCartney tocar a canção "Twenty Flight Rock" de Eddie Cochran. John Lennon acabou o convidando para entrar para a banda. Os dois começaram a compor juntos algumas canções. Em 1958, McCartney convenceu Lennon a aceitar George Harrison na banda. Lennon estava relutante ao aceitá-lo já que Harrison era considerado muito novo. Após a entrada de Harrison, Stuart Sutcliffe, amigo da escola de artes de John Lennon, entrou para a banda como baixista.

Os Quarrymen mudaram de nome várias vezes até começaram a se chamar The Beatles. Em 1960, a banda foi pela primeira vez tocar em Hamburgo. Na época, Jim McCartney relutou bastante em deixar seu filho ainda adolescente, Paul, ir a Hamburgo. Paul e o baterista Pete Best acabaram sendo deportados da Alemanha após darem início a um pequeno incêndio no local onde estavam hospedados. Os Beatles quando chegaram no Aeroporto JFK, na Cidade de Nova Iorque, em 7 de fevereiro de 1964: essa primeira visita dos Beatles aos Estados Unidos é um dos momentos fundamentais da história da banda e, mais amplamente, do rock mundial. Em 21 de março de 1961, os Beatles fizeram seu primeiro show no Cavern Club. Após Paul McCartney notar que outras bandas de Liverpool tocavam as mesmos covers que eles, ele e John, se intesificaram em compor novas canções. Depois disso... Tornaram-se A MAIOR BANDA DE ROCK AND ROLL DO PLANETA.
McCartney, que completou 67 anos na última quinta-feira, já esteve outras vezes no Brasil. Em 1990, ele se apresentou no Maracanã. Três anos depois, esteve em São Paulo e Curitiba. Os shows que o músico trará ao Brasil fazem parte de sua anunciada derradeira turnê mundial, que tem mais de 100 cidades em seu roteiro e previsão de durar dois anos.


Depois do ensaio, busquei a minha bela e doce senhora Lilian Castello Branco e fomos beber umas longnecks no Rayuella. Lá pelas duas da madrugada eu disse:
- Na verdade, na verdade: não poderei mais tirar onda por ser o único da banda, que viu o Paul no Maracanã... Mas, Já dá pra vislumbrar Sir James Paul McCartney cantando The fool on the hill sob o céu estrelado do Cerrado.
Salve, salve nossa Capital!

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