terça-feira, 10 de maio de 2011

Mais uma noite - bacana - no Blues Pub!

Carol e Camila com seus convidados

Ray Titto e Lilian Castello Branco

Joaquim e Polyana


Cris Lélo e Srta. Olsen

Renato faria

A presença do judoca Dos Santos agradou a mulherada 

Ray Titto, Paulo Leme e Victor Lacombe com chapéus das amigas!

Clarice Olsen e Cris lélo


Renata Varella e Alair

Cerveja, Country e Rock and Roll

Marcinha, Marco Aurélio e família
Banda Rioclaro
O Blues Pub é um botecão de música ao vivo que fica no Centro comercial de Taguatinga, Df. Com um visual perfeito para boêmios e honky-tonks, O Blues ainda conta com mesas de sinuca e máquinas de pimball. Os proprietários Daniel e Lazia estão sempre por perto com uma prosa descontraída e aconchegante. No último fim de semana comemoramos os aniversários do amigo Marco Aurélio e das queridas Botequeiras Carol e Camila. Isso foi uma honra pra todos nós. Então, da próxima estaremos te esperando no Blues Pub. Ah! Vale lembrar que: os preços são do tempo da boemia.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Americanos elegíacos sentimentos (aproximação a um poema de Gregory Corso* em memória de Kerouac

Vou por aqui, agora na ordem certa. E em homenagem ao Tempo dos Assassinos e à Morte da República continuada por Obama. Que agora tem que escolher entre: a. ser mais um dos mentirosos estilo docs do pentágono, watergate, bush decretando 10 anos o fim da guerra (invasão) ao Iraque, um autor de uma Teoria da Conspiração Imperial sobre um terrorista jogado no mar que, ao contrário das expectativas, causou com sua morte um aprofundamento do Estado de Terror; ou b. ser um criminoso de guerra, contrariar todas as convenções e tratados, mesmo que não assinados por seu país, ao autorizar e assistir ao vivo a invasão de uma residência de um país estrangeiro nem sequer em guerra pelo exército americano assassinando civis e depois jogando o corpo do morto no mar não importa quão criminoso. e pensar que os versos e a poética libertária de Walt Whitman foram manchados e reciclados ao contrário virando lixo na posse desse tirano boçal por uma poeta de quinta categoria que fez um pastiche vagabundo

Gregory Corso
Elegiac feelings american

Americanos elegíacos sentimentos
Tomando muita liberdade face ao literal pra dar conta dos jogos de palavras e sintaxe
Notas: beat: apanhar da vida. Bitter: amargo.
Foundling fathers.
How: howl.
À querida memória de Jack Kerouac

1.
Como são inseparáveis você e a América que você viu apesar de nunca estar ali pra ser vista; você e América, como a árvore e o chão, são um e o mesmo; mesmo que como uma palmeira no Oregon... morta assim que floresce, como um urso polar em acrobacias no Miami –
Como assim aquilo que você foi ou esperava ser, e a América não, a América que você viu e ainda assim não podia ver
Tal como e ainda assim incomum no chão de onde você brotou; você de pé sobre a América como uma árvore sem raiz e sem rumo; pra o esquilo não havia divórcio entre o pulo do chão e a escalada na árvore... até que ele viu nenhuma semente cair e soube que não havia casamento entre os dois; como é infrutífera, como é inútil, a triste desnaturada natureza; não espanta que o pôr-do-sol tenha deixado de ser deleite... já que de que valem terra e sol quando a árvore entre eles é inválida... a inseparável trindade, uma vez sem serventia, torna-se uma fria infrutífera insignificante mortementira triplamente marcada em sua horrível amputação... Oh açougueiro a costeleta não é o porco – O Americano alienígena na América é amargo desmembramento; e mesmo sua elegia, querido Jack, devia ter uma árvore retalhada, prensada até a celulose, que a conterá – não espanta que boas novas não possam ser escritas sobre essas más novas –
Como é alienígena a terra natal, como a árvore morre quando o chão é estrangeiro, frio, não livre – O vento não sabe soprar a semente da Sequóia em que ninguém nunca esteve ; nenhuma palmeira é soprada ao Oregon, que sábio o vento – Sábio tanto quanto os mensageiros do profeta... sabendo da fertilidade do tal lugar em que a dita profecia foi anunciada e poderia ser respondida – o semeador de trigo não semeia nos campos de cana; já que o semeador de voz também semeia o ouvido. E fosse o pequeno Liechtenstein ao invés de América, a designação... certamente então seríamos a língua de Liechtenstein –
Não foi tanto a gente descobrindo a América quanto a América descobrindo sua voz em nós; muitos discursavam pra América como se a América lhes pertencesse por usucapião, crédito, direito e lei juridicamente adquirida por meio de golpes materialísticos de prosperidade e herança; como o cidadão de uma sociedade acredita ser o dono da sociedade, e o que ele faz de si mesmo ele faz da América e assim quando ele fala de si ele fala da América e dessa forma outro ele é eleito pra representar o que ele representa... um ego infernal de uma América
Assim quantos patriotas discursam amorosamente sobre si mesmos quando discursam sobre a América, e não apreciá-los é não apreciar a América e vice-versa
A língua da verdade é a verdadeira língua da América, e não poderia ser encontrada no Daily Heralds já que a voz dali é uma voz controlada, amaldiçoadamente opinativa, e dirigida ao crédulo
Não espanta que nós nos tenhamos descoberto desenraizados, porque nós nos tornamos as próprias raízes, - a mentira jamais enraíza e dali cresce sob a verdade do sol e alcança o fruto da verdade
Taí Jack, eu não posso fazer o seu réquiem sem fazer o réquiem da América, e este é um réquiem que não me cabe antecipar, porque enquanto eu for vivo não existirão réquiens pra mim
Porque se a árvore morre a árvore nasce novamente, só depois que a árvore morrer pra sempre e nunca outra árvore nova nascer... então o solo morrerá também
Seus os olhos que viram, o coração que sentiu, a voz que cantou e lamentou; e enquanto a América viver, mesmo que seu corpo tenha morrido meu velho Kerouac, você viverá... porque de fato o nosso é o tempo da profecia sem a morte como conseqüência... porque de fato depois do nosso veio o tempo dos assassinos, e quem duvidará de suas últimas palavras “depois de mim... o Dilúvio”
Ah, mas se fosse questão de estações eu não duvidaria do retorno da árvore, se não pra que o solo que nos sustenta sendo ele incapaz de sustentar – é, a árvore vai cair quando for esta a estação, pois assim é o hábito da natureza, é assim que o solo, a queda, a lenta mas certa decomposição, até que a própria árvore se torna o próprio solo que a sustentou; depois que caia o solo... ah, e depois o quê? Isso não pode ser respondido na natureza, pois não haverá outro solo onde cair e repousar, nem queda, nem ascensão, nada crescerá, sem direção, e no que, por que, se a composição chegar à sua própria decomposição?
Nós viemos pra anunciar o espírito humano em nome da verdade e da beleza; agora esse mesmo espírito clama no lugar da natureza pelo horrível desequilíbrio de todas as coisas natural... esquiva natureza capturada! Como um pássaro na mão, aproveitado e remanufaturado nos moldes involutivos da técnica e do experimento
Pois é apesar de a árvore ter enraizado no solo o solo é revirado e nesse vômito forçado o terrível miasma das árvores fossilizadas da morte os restos milenares e a graxa de dinossauros mortos a eras são expelidos e espalhados trazidos novamente à superfície e avançam no céu e nós o respiramos em acúmulos de poluição
Que esperança pra América incorporada em ti, Amigo, quando o mesmo álcool que desencarnou o seu irmão pele-vermelha da sua América, desencarnou você – uma armação pra agarrar a terra deles, nós sabemos – ainda assim que armação pra agarrar a inagarrável terra do espírito de alguém? A Tua América visionária era impossível de ser visualizada – porque quando as sombras das janelas do espírito caem, aquilo que foi visto ainda permanece... os olhos do espírito ainda vêem
É, a América incorporada em ti, tão definitivamente enraizada assim, é a incorporação viva de toda a humanidade, jovem e livre
E sempre que a árvore redentora floresça, mesmo que não plenamente, mesmo que não com certeza, lá estarão os entrevados, velhos e tristes, que gostarão de fazê-la cair: eles cortam, retalham, atiram pra longe... que nada jovem e livre se sustente de qualquer maneira
Na verdade essas árvores eram como a juventude é... fossem tais árvores feitas pra cair, e não mais nascer pra crescer novamente, então o chão deveria cair, e o dilúvio chegar e inundar tudo, purificar tudo e todos pra sempre, como um vento vindo de lugar nenhum pra lugar algum

2.
“Como Clark Gable segura firme tuas mãos...” (conversa no México em 1956) – Mãos tão fortes e ensolaradas de México, ocupadas com a América, mãos que eu sabia iriam fazê-lo, iriam tomar conta e acariciar
Você estava sempre falando da América, e América sempre foi história pra mim, General Wolfe deitado no chão morrendo em sua farda vermelha brilhante amparado por alguém de farda azul pendurado na parede da sala de aula ao lado do pai da nação cujo peito estava sombreado na pintura... sim, a nossa foi uma História Americana, história com futuro, é claro;
Como um Whitman nós estávamos buscando, esperando por uma América, aquela América sempre uma América ainda em vir-a-ser, nunca uma América para ser cantada ou uma América para ouvir nosso canto, mas sempre uma América pela qual clamar cheio de esperança
Tudo o que nós tivemos foi a América passada, e nós mesmos, a América agora, e ah como nós guardávamos aquele passado! E Ah a grande mentira daquela sala de aula! A Guerra da Revolução... tudo o que nós tínhamos era Washington, Revere, Henry, Hamilton, Jefferson e Franklin... nunca Nat Bacon, Sam Adams, Paine... e a liberdade? Não foi pra conquistar a liberdade aquela guerra, liberdade eles tinham, eles eram os homens mais livres do seu tempo; foi para não perder aquela liberdade que eles pegaram em armas – ainda assim, e ainda assim, a estação em que nós florescemos para a cena era escassamente livre; há liberdade hoje? Não pra escutar o que o índio, o negro, o jovem têm a dizer
E no começo quando liberdade era tudo o que alguém podia escutar; não foi bem assim pras pobres bruxas de Salem; e aquele imenso entusiasta de liberdade, Franklin, pagou bondosamente100 dólares por cada escalpo de criança selvagem nascida livre; Pitt Jr conseguiu boa parte da cidade do amor fraterno por meio do ultraje ofensivo ao abandonar o coração confiante de seu irmão pele-vermelha com tortuosa trairagem; e como ignorava a liberdade o sábio Jefferson proprietário de negros que perderam a liberdade; pra os declaradores da Independência declará-la apenas para uma parte do todo era declarar a guerra civil
Justiça é tudo o que um homem da liberdade precisa esperar por; e justiça foi uma coisa extremamente importante pelos pais afundada; um diadema pra vida Americana sobre o qual podiam se estabelecer os gêmeos Deus e propriedade privada;
Como o pobre Americano nativo sofreu pela estabelecimento forçado daqueles dois pilares da liberdade!
Da Justiça brota um Deus inconstante; de Deus brota uma justiça ditada
“Os caminhos de Deus levam à liberdade” disse São Paulo... ainda assim é o homem que precisa da liberdade, e não Deus, pra ser capaz de seguir os caminhos de Deus
O justo direito do indivíduo à propriedade de seu pedaço de chão não se justifica para aqueles a quem a terra pertencia coletivamente em primeiro lugar;
Aquele que vende a terra da humanidade a um único homem vende a Ponte do Brooklyn,
A segunda maior causa de mortalidade humana... é a aquisição de propriedade
Nenhuma vida Americana vale um hectare da América... se Proibido Entrar ou cães de guarda não te convencerem uma arma de fogo o fará
E daí, doce buscador, que América buscou você então? Saiba que hoje existem milhões de americanos buscando a América... saiba que mesmo com toda essa química que expande os olhos – só mais do que não está lá eles vêem
Alguns encontram a América nas canções das pedras aglomeradas, outros na névoa da revolução
Todos a encontram em seus corações... e Ah como ela aperta o coração
Não é tanto suas existências aprisionadas numa velha e insuportável América... mais a América aprisionada neles – que dilacera e obscurece o espírito
Uma nunca vista América, sonhada, incerta em tremores, vagabunda o coração, envia más vibrações adiante cósmica e ao contrário
Você poderia ver o desprezo em seus tristes olhos jovens, e enquanto isso as prisões estão virando barbearias, e o exército sempre foi
Contudo inábeis eles são pra aparar o furacão de seus olhos
Mira até Moisés, nenhum profeta jamais alcançou o prometido das terras... ah mas teus olhos estão mortos... e nem a América para além de sua derradeira sonhada colina na real paira

3.
Como se parecem nossos corações e tempo e morte, como nossa América lá fora e dentro de nossos corações insaciável e ainda assim transbordando aleluias de poesia e esperança
Como a gente sabia sentir cada pôr-do-sol, e Oh e Ah uivo pra cada tristeza dourada e desamparo de costa a costa em nossa busca por qualquer alegria inabalável nunca lá e agorassempre cinza
Sim a América a América imaculada e jamais revolucionada para a liberdade e sempre em nós livre, a América em nós - desfronteirada e a-historicizada, nós a América, nós os pais daquela América, a América que você Johnnyappleseedou, a América que eu anunciei, uma América nunca lá, uma América prestes a ser
O profeta afeta o estado e o estado afeta o profeta – o que aconteceu com você, Oh amigo, aconteceu com a América – a mancha... as manchas
E ah quando se pergunta sobre você “o que aconteceu com ele?” Eu digo “Aconteceu com ele o que aconteceu na América – os dois eram inseparáveis” como o vento para o céu é a voz para a palavra...
E agora aquela voz se foi, e aquela palavra é foice, e a América desfaz-se, o planeta fossiliza
Um homem pode ter tudo o que quer dentro de casa e ainda assim não ter nenhuma onda pra curtir do lado de fora da porta – pra um homem sensível, um homem poeta, tal fora só serve pra fazer de sua casa um lugar onde alguém mergulha na ressaca fiz isso por causa do hang oneself
E quanto a nós, querido amigo, nós sempre trouxemos a América pra dentro de casa – e jamais como roupa suja, mesmo com todas as manchas
E pela porta da frente, carinhosamente aninhada em nossos corações; onde nós sentávamos e desenvolvíamos nossos sonhos de beleza na esperança de que ela tornaria belo o nosso ninho
E o que aconteceu com o nosso sonho (beauteous: beat) de América embelezada, Jack?
Pareceu bonito a você, soou assim tão bem, em seu frio elétrico blues, aquela América que vomitou e empesteou sua casa, seu cérebro bom, aquela irreal falsa América, aquela caricatura de América, que ligou a América num muro... um galão de uísque desesperado te levou um dia a olhar aquela América em seu olho incorpóreo
E ela não te viu, ela nunca viu você, porque o que você viu não estava lá, o que você viu foi besteirol na tv, e toda a América estava nessa de bobeira, aquela América que emburrou você, emburrou a América, tudo aquilo emburrado, (brought you in), tudo aquilo em lugar algum sem conteúdo, não surpreende que você tenha sido solitário, morreu vazio e triste e sozinho, você a voz e a face na real... capturado nas ondas da falsa voz e da face falsa – que se tornou real e você falsificado,
Oh a terrível fragilidade das coisas
“O que aconteceu com ele?” “O que aconteceu contigo?” A morte foi o acontecimento; uma vida desenganada aconteceu; um Deus adoecido aconteceu; um sonho em pesadelo; uma juventude militarizada; militares massacrados; o pai quer devorar o filho, o filho usado como lenha pra acender a pira, (the son feeds his Stone, but the father no get stoned), mas o pai nada de pirar
E você Jack, pobre Jack, viu seu pai morrer, sua América morrer, seu Deus morrer, seu corpo morrer, morrer morrer morrer; e hoje os pais assistem seus filhos a morrer, e seus filhos assistem bebês a morrer, por quê? Por quê? Como nós dois perguntamos POR QUÊ?
Ah a horrível triste tristeza disso tudo
Você nada além de uma década Kerouac, mas quanta vida naqueles dez Kerouac!
Nada aconteceu a você que não tenha acontecido; nada ficou incompleto; você circulou por todo o ciclo, e o que está acontecendo com a América não mais acontece com você, porque o que acontece com a consciência de uma terra também acontece com a voz daquela consciência e a voz está morta ainda que a terra perdure pra esquecer o que escutou e da palavra não resta um osso
E tanto a palavra quanto o solo de carne e terra sofrem a mesma doença e a mesma morte... e morre a voz antes da carne, e o vento sopra um silêncio mortal sobre a terra moribunda, e a terra vai olvidar sua ossada, e nada de vento pra soar o gemido, só silêncio, silêncio, e nem mesmo o ouvido de Deus pra escutar
É, o que aconteceu com você, querido amigo, compassivo amigo, é o que está mudando todos e tudo no planeta o clamorosamente triste desesperado planeta agora com uma voz a menos... expansiva como o vento... partida, e agora quem vai soprar pra longe o terrível miasma da doença, doentia e moribunda em carne e terra a alma da América
Quando você pôs o pé na estrada à procura da América você encontrou somente o que você mesmo viu nela e um homem à procura de ouro encontra a única América que há pra encontrar; e este investimento e o investimento de um poeta... dá no mesmo quando vem a quebradeira, e estamos quebrando, no entanto as janelas são apertadas, não dá pra pular; do inferno ninguém jamais caiu

4.
No inferno os réus anjos também cantam (in Hell angels sing)
E cantaram para manter renovados
Os que seguiram quem carregou Cristo menino nos ombros
Abandonaram o inferno e contemplaram um mundo novo
Contudo com armas e bíblias eles vieram
E cedo sua morada nova envelheceu
E mais uma vez o inferno aportou.

O Arcanjo Rafael eu era pra você
E eu pus a cruz do Senhor dos Anjos
Em você... ali
No limite de um mundo novo a explorar
E você foi lampejo sobre um velho e escuro dia
Um beat criança-Cristo... com a gentil circularidade das coisas sobre os ombros
Insistindo que a alma é circular e não quadrada
E então... depois de ti
Seguiram os teus passos
Os filhos das flores.

Blues Pub dia 07 de Maio!

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Röschti Rock Restaurant










Uma noite brilhante e feliz no Röschti Rock ao lados dos amigos: Léo Cordeiro, Fred Cota, Carol, Camila, |Marcinha, Renata Varella,  Keyla e Carla Montenegro, Ciro, Lilian Castello Branco, Ray Charles, james Brown, Elvis Presley e muita gente bacana. Valeu, "Röschit Rock and Roll"!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Rioclaro no Röschti Rock Restaurant

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Com uma decoração nostálgica inspirada no rock and roll, está exposto no restaurante: quadros de famosos do rock, uma extensa coleção e exposição de instrumentos e peças ligadas ao rock e também nas paredes, antigas placas da Coca-Cola, Heineken, peças de decoração da Harley Davidson. Brasília como a cidade do rock merece e estava precisando de um restaurante temático com entretenimento musical como o Roschti Rock Restaurant em que o cliente pode desfrutar de um menu diferenciado e altamente diversificado, ao som de rock, tanto nacional como internacional, com um bom atendimento e desfrutando de uma das vistas mais bonita de Brasília, o Lago Paranoá. A marca Roschti foi criada pelo empresário Jovanir Costa no ano de 2003 com intuito de montar um espaço gastronômico diferenciado. Jovanir depois de muitas viagens pela Europa trouxe a tradicional receita, à base de batatas raladas, dos Alpes. Item obrigatório no desjejum dos camponeses. Assim, surgiu o Röschti restaurante com nome do prato tipico suíço e um belo lugar para se ouvir rock and roll.
Sexta 29 de Abril
Show com Rioclaro - 22:00h
Röschit Rock Restaurant
Pier 21 Setor de Clubes Sul - Brasília  - DF

30 de Abril no The Old Barr



O The Old Barr, concebido como um Pub Inglês, está aberto de segunda a sábado das 17h00 às 02h00. É um ambiente sofisticado e reservado.
Sábado 30 de abril às 22:30 country, folk e rock and roll com a banda Rioclaro.
 
Royal Tulip Brasilia Alvorada - SHTN, Trecho 1, Conj. 1B, Bloco C - 70800-200 - Brasilia - Brasil


Tel: (+55)6134247000 - Fax: 55 61 34247001 - Email: info@royaltulipbrasiliaalvorada.com

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Rock and Roll San Jorge Festival - América Rock Club

Para comemorar a lenda dos cavaleiros: Rockabilly, Country, Folk, Tex-Mex, Honk Tonk e Rock and Roll ao vivo e autoral das bandas Sapatos Bicolores e Rioclaro.
sábado, 23 de abril às 23:00 - 24 de abril às 03:30
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América Rock Club

QS 03 Lote 13 loja 02B
Pistão Sul de Taguatinga em frente ao Carrefour
Taguatinga Distrito Federal

quarta-feira, 30 de março de 2011

Elizabeth Reed e Allman Brothers Band


O grupo costumava ensaiar e mandar umas baladas pesadas, com muito sexo, drogas e rock'n'roll dentro de um cemitério chamado Rose Hill Cemetery, onde numa dessas foi composto o clássico absoluto "In Memory of Elisabeth Reed", que nada mais foi que uma homenagem à ocupante do túmulo em cima do qual a música foi composta.
Pra quem não sabe, Duanne Allman participou (maravilhosamente) da gravação do mega clássico de Clapton "Layla and Other assorted love songs" e numa noite ele (Clapton) convidou os Allman para uma Jam session que varou toda a madrugada junto com os Derek and the Dominos
(só de pensar nisso dá frio na barriga), e segundo Butch Trucks, ao final Clapton mostrou pra Duanne a música (Layla) ainda incompleta e este falou: "deixa eu tentar um troço aqui...." e mandou na guitarra as cinco notas iniciais que identificam a musica até hoje.
Em 29 de outubro de 1971, saindo de uma festa na casa de Berry Oakley, Duanne derrapou com sua moto e bateu de frente com um caminhão, calando aos 24 anos a maior promessa da guitarra de sua geração. Em novembro de 1972 na mesma estrada (três quarteirões depois) também de moto morria (também aos 24 anos) Berry Oakley. Foram enterrados no Macons Rose Cementery Hill, o mesmo das baladas e onde até hoje repousa Elizabeth Reed.
Uma vez, ainda com a formação clássica, eles tocaram por sete horas ininterruptas e quando terminaram o publico sequer aplaudiu. Saíram como de uma experiência mística e dia claro foram se retirando em silêncio como se não quisessem interromper aquele momento único e mágico. Ver a Allman Brothers Band completa no seu auge dar tudo de si até o sol raiar.

Por Claudio Vigo - Wiplash.net
Ilustração Ray Titto - Livro Guitarras Negras

quarta-feira, 23 de março de 2011

Faroeste de bolso - Churchill Jazz Club

Nos livros de bolso de faroeste ou bang-bang existiam várias séries diferentes: as "barra pesadas" que eram as séries Chumbo Grosso, Chumbo Quente, Oeste Brutal, Oeste Perigoso e Colt 45. Nessas o chumbo comia a toda a hora e havia sempre um corpo extendido no chão.


Havia também as séries mais "água com açúcar" que normalmente envolviam um romancezinho, tais como “Mulher e Colt” e “Oeste Beijo e Bala”. No entanto, nelas revólveres não paravam dentro dos coldres.

Esses livros normalmente eram de qualidade literária mediana, mas Foram inspiração fundamental para a banda Rioclaro.

Rioclaro dia 25 de Março 22h
Churchill Jazz Club
Hotel Meliá Brasil 21
SHS Quadra 06 Bloco D Loja A Térreo Brasília DF
Classificação 18 anos

segunda-feira, 14 de março de 2011

Viva, Cult 22!

Em Brasília rola um programa de rádio bacana, no ar há mais de 19 anos pela Cultura FM (100,9Mhz). Para felicidade geral da nação roqueira, esta galera inaugurou o Cult 22 Rock Bar e desde então, as guitarras voltaram a soar no Plano piloto. O bar fica no Centro de Atividade Sete do Lago Norte, perto do shopping Iguatemi e ao lado da Fercon.

Na parte externa, diversas mesa de frente para um balcão recheado bebidas. O papo rola solto com petiscos, pizzas, sanduíches, ao som de clipes e shows de rock and roll. Na hora do som ao vivo, uma ambientação interna cheia de pôsteres de músicos de todos os tempos. Ainda tem o piso superior dedicado à memória do rock de Brasília, varanda, mesa de sinuca e muita gente legal. Assim, quinta feira dia 07 de Abril, com muito honra, a gente leva o som da banda para mais uma noite do Cult 22.
Acerca de lo que somos y lo que tocamos:
Ni vaqueros cantantes, ni fronterizo, ni matadores. Pero, si la cerveza acabar...

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

John Fogerty em maio no Brasil

John Fogerty, que no fim da década de 60 e no começo da de 70 liderou o Creedence Clearwater Revival, anunciou em seu site oficial, na última quarta, 23, shows no Brasil. Ele desembarca no país em maio com a turnê que realizará pela América Latina.

Serão quatro cidades e cinco apresentações: Rio de Janeiro (6/5, no Citibank Hall), Jaguariúna (7/5, durante o Rodeio de Jaguariúna), Belo Horizonte (8/5, no Chevrolet Hall) e São Paulo (10 e 11/5, no Credicard Hall). Informações a respeito dos preços e início da venda dos ingressos ainda não foram divulgadas.
Fogerty, que conta com uma longa carreira solo, é mais lembrado, até hoje, por ter sido vocalista, compositor e guitarrista do Creedence Clearwater Revival, de clássicos como "Have You Ever Seen the Rain?", "Proud Mary" e uma versão de "Susie Q", entre muitas outras músicas que tornaram o CCR conhecido no mundo todo.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Blues Pub - Honk Tonk Blues II

Blues Pub
04 de Março Sexta Feira 22h
CSA 01 Lote 01 Loja 06/07 Taguatinga DF

Encontros de motos - Banda Rioclaro

















O Alforje
Música e letra
RIOCLARO


No alforje
Eu levo uma carteira antiga que foi do meu pai
E o meu whiskey...
E um maço de Souza Paiol
Se bem que:
Tem ternura aqui também

Levo da vida a vida que eu levei
Botas de cano longo e couro crú
Trago uma carta desde 2003

De uma menina da Asa Sul
Na estrada
Como uma estrela fincada no céu
Tocando em frente...
Como letra no papel
Se bem que:
Tem saudade e como tem

Refrão
Levo da vida a vida que eu levei
Botas de cano longo e couro crú
Trago uma carta desde 2003
De uma menina da Asa Sul

E esse alforje
Foi de um boiadeiro
Lá de Passa Três
Tão pouco tem...
Porque muito eu não ganhei, não
Levo da vida a vida que eu levei
Botas de cano longo e couro crú
Trago uma carta desde 2003
De uma menina da Asa Sul.


segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Churchill Jazz Club


Country Classics & Rock and Roll

Show Com
Rioclaro
Quinta 17 de Março
22H

Couvert feminino à : R$ 5,00
Couvert Masculino à : R$ 10,00
Eventos e Reservas 3218-5555 8154-4766
E-MAIL : churchill@brasil21gastronomia.com.br

Gary Moore

O guitarrista norte-irlandês Gary Moore foi encontrado morto no quarto de um hotel no sul da Espanha. Ele tinha 58 anos. A informação foi passada pelo empresário do Thin Lizzy, grupo no qual Moore fez parte. A causa da morte não foi divulgada.

Reconhecido como um dos melhores e mais versáteis guitarristas de sua geração, Gary Moore fez carreira tocando principalmente blues e hard rock, mas suas experimentações passaram pelo jazz fusion a flertes com a música eletrônica.
Ele começou sua carreira em 1969, em Dublin, aos 16 anos, na banda Skid Row (não confundir com a banda norte-americana de glam metal), na qual cantava Phil Lynott, que iria fundar a banda de rock Thin Lizzy. Foi o começo da parceria de Moore e Lynott, que se prolongaria até a morte deste último, em janeiro de 1986.
Gary Moore tocou com o Thin Lizzy em diversos momentos, como no disco "Black Rose" (1979). E também é conhecido por participar de discos de vários músicos e projetos paralelos, como o Greedy Bastards, que montou com Lynott, Bob Geldolf e integrantes do Sex Pistols. Ou o BBM, uma espécie de reedição do Cream, ocupando o lugar que seria de Eric Clapton, que recusou-se na época a reformar o seminal power trio com o baixista Jack Bruce e o baterista Ginger Baker.
Sua lista de colaborações inclui Mick Jagger, George Harrison, Beach Boys, Jim Capaldi, B.B.King, Ozzy Osbourne, Albert Collins, a Royal Philarmonic Orchestra, Greg Lake e Keith Emerson, e os Traveling Wilburys (a super banda de Bob Dylan, George Harrison, Roy Orbinson, Jeff Lynne e Tom Petty)
Seu primeiro disco solo, "Grinding Stone", foi lançado em 1973, mais orientado para o blues. Em seguida, expandiu seus horizontes musicais, tocando jazz rock com o Colosseum II e participando de experiências musicais como o disco "Variations", de Andrew Llloyd Weber - 23 variações para cello e banda de rock do Capricho nº 24 de Paganini. Mais tarde, Gary tocaria na trilha sonora de "Evita", também de Weber.
Seu primeiro sucesso solo foi a faixa instrumental "Parisienne Walkways". Nos anos 80 ele manteve-se firme no hard rock, tocando com alguns dos principais músicos de então no gênero, como os bateristas Ian Paice (Deep Purple), Cozy Powell (Rainbow, Whitesnake, Black Sabbath etc) e Eric Singer (Kiss); os baixista Neil Murray (Whitesnake e Black Sabbath), Bob Daisley (Ozzy Osbourne e Rainbow) e Glenn Hughes (Deep Purple). Gary conseguiu algum sucesso na Europa com a balada "Empty Rooms" e com "Out in the Fields", em que dividiu os vocais com Lynott.

Nos anos 90 resolveu voltar às origens e fez um disco de blues, "Still Got The Blues", quando obteve seu maior êxito comercial. No Brasil, a balada título foi tema de novela. O disco teve as participações dos guitarristas Albert Collins, Albert King e George Harrison. Esta fase contou ainda com mais dois discos de estúdio bem recebidos por crítica e público, "After Hours" e "Blues for Greeny", uma homenagem ao guitarrista Peter Green, fundador do Fleetwood Mac.
Moore usou no disco a famosa gibson Les Paul 59 que pertencera a Green e lhe foi repassada pelo colega quando este decidiu abandonar a música, no início dos anos 70. Recentemente, Moore se desfez da guitarra, que foi avaliada em US$ 2 milhões.

Após a fase blues, Gary resolveu mesclar rock com batidas eletrônicas e fez dois discos mal recebidos pelos fãs. Em 2001 voltou novamente ao blues com "Back to the blues". Os quatro discos seguintes seguiram o mesmo caminho. No ano passado ele fez uma turnê relembrando antigos números de hard rock que não tocava desde os anos 80.
O fundador do Thin Lizzy, Brian Downey, homenageou o guitarrista. "Estou profundamente chocado. Ele sempre estará em meus pensamentos e em minhas orações. Simplesmente não consigo acreditar que não esteja mais aqui.

Por Aquiles Junior

domingo, 23 de janeiro de 2011

Minha conversa com John Fante

Minha conversa com Fante


Neste ano desci duas vezes ao inferno. Descer talvez não seja a melhor palavra, porque o inferno não está abaixo da superfície, no porão do mundo, o inferno é apenas um certo ritmo da vida, uma desorientação fundamental que procuramos esconder sob o véu da realidade. Deixar o inferno subir até você tem um teor libertário, você não é uma presa fácil da realidade e seus artifícios. Por outro lado, o inferno é irrespirável: pensei numa imagem assim, uma sede de quem comeu girassol em pó e pra quem a água se tornou tão imaterial quanto o ar. Quem conhece o inferno precisa de três coisas (todos precisam, mas quem conhece o inferno precisa com mais intensidade): amor, amizade e arte. E aí entram os shows da Banda RioClaro neste ano. Um, em especial, num domingo seguinte ao dia em que eu pensei que queria dormir por uns 10 meses. Estar acordado pra certos encontros da vida é um primeiro passo: o encontro entre uma certa tonalidade do céu de vermelho a azul contra o lago quase dourado e a música que anima duas meninas, duas pequenas dançarinas sobre a grama intensamente verde. Depois de estar acordado, despertar. Iluminar-se. Respirar. Enfim, por isso resolvi escrever, como agradecimento, essa conversa imaginária com John Fante, seguindo uma dica do Ray (um puro devaneio, sem pretensão, não finjo dar conta de um nome consagrado, um livro que esmaga aqueles que tentam copiar o seu estilo, enquanto escrevo isso em meu computador empoeirado).

Eu: Tenho alguns textos, umas coisas meio parecidas com livros, vou soltando meio aleatoriamente porque não tenho essa convicção que vejo em você sobre duas coisas: o meu talento literário e o sentido de ser alguma coisa na vida como um escritor. A minha dúvida é: existe algum lugar adequado para os livros?
Fante: O deserto.
Eu: As cascas de laranja jogadas no chão, as velhas solitárias, os casais brigando, as crianças que nascem a contragosto, os taxistas; isso tudo não é estética, certo?
Fante: São sinais, indícios de alguma coisa parecida com salvação.
Eu: As coisas estão cheias de anjos, ouvi dizer.
Fante: Eu preferia bons charutos, uma noite com aquela mulher de pele cor de raposa, eu preferia ser o autor.
Eu: Isso você conseguiu, ser autor. Tem até seus porta-vozes oficiais e imitadores.
Fante: É uma ironia da história.
Eu: Uma mentira, e não um desejo. O sujeito começa a se levar a sério.
Fante: Do mesmo jeito, o dinheiro é bom porque liberta, mas dinheiro deve ser amado apenas platonicamente.
Eu: Também li isso em algum lugar. Também ando em torno dessa questão do amor, do amor que só faz sentido pra quem é solitário, os momentos de brilho intenso, sempre passageiros, uma recordação depois da outra, até um ponto em que tudo mal se inicia e já é despedida. A memória cansa mais do que a esperança.
Fante: De vez em quando, interrompo as divagações inventando uma perspectiva diferente, por exemplo: um rato observando um escritor debruçado sobre a poeira, sonhando com sua maravilhosa namorada mexicana. Isso dá mais densidade pra realidade, mas também indica que o tempo não é só esse em que estamos presos, esse apocalipse sem fim.
Eu: Aquela princesa que não vai se importar com o fato de você não ser um vencedor, aquela que foi menosprezada como nós. Palmeira, palmeira, palmeira, palmeira. Dois dias seguidos?
Fante: Acreditar em palavras é a pior forma de loucura.
Eu: Alberto Caeiro, Zaratustra (que é melhor do que Jesus), Bandini, muitos dos melhores sujeitos dos últimos tempos são fictícios.
Fante: A realidade asfixia. Mas a ficção não é mentira, não é o oposto do real porque é desejo.
Eu: Nesse sentido é que eu queria entender de anjo. Um anjo me trazendo uma boa garrafa de vinho. Pra te dizer a verdade, não me interesso pela literatura. Acho isso meio bobagem. Não quero um livro que não seja um bilhete premiado pra reinventar o desejo por uma boa namorada e um bom vinho.
Fante: Devaneios. Deus devia ter lido Nietzsche antes de criar o mundo.
Eu: Quando o Bandini diz que poderia ser qualquer coisa, um milionário, um jogador de beisebol, um escritor, eu, diferente de muita gente, acho que é a sério. Ele poderia ser qualquer coisa mesmo, e por extensão, você. Mas você não é Bandini, do mesmo jeito que ele não é o jogador de beisebol. Ele e você e eu somos o que poderia ser qualquer coisa dessas, pessoas comuns. Essa é toda diferença, que acho que alguns confundem quando pensam que fazendo de conta que são Bandini (por exemplo, reclamando da falta de grana) vão virar John Fante. Eles se esquecem, acho, que tudo é possível, incluindo Zaratustra e Caeiro, por conta desse poder ser mesmo, são prisioneiros do ser. Uma coisa é um cara que aspira a ser milionário, outra é o que é milionário, que se confunde com esse papel, a mesma merda rola com o sujeito que se convence que é escritor.
Fante: Eles não reconheceriam um gigante nem que um moinho de vento estivesse indo pra cima deles com tudo.
Eu: Falando em Dom Quixote, a falta de grana transforma o dinheiro numa coisa metafísica?
Fante: É estranho você dizer isso, parece papo acadêmico, porque é uma metafísica que dói no estômago.
Eu: É como se escrever fosse uma coisa suja, uma dedicação a uma atividade até ofensiva, como, por exemplo, procurar beleza e encantamento numa cidade por mais sórdida que ela seja, e você precisasse de um álibi razoável do tipo: escrevo, mas com uma finalidade, ganhar dinheiro.
Fante: Pode ser, mas a falta de grana é real, no meu caso. A vida é a continuação da literatura por outros meios.
Eu: É que a poesia separada do resto é uma coisa sórdida.
Fante: Que resto?
Eu: A vida.
Fante: Por isso eu odeio cadernos culturais.
Eu: Você imaginava que ia ser usado como pretexto pra um tipo exibicionista de literatura confessional?
Fante: Seja como for, eu não tenho nada a ver com isso. Eu não disse que prefiro Zaratustra a Jesus ensangüentado na cruz?
Eu: E a culpa que corre no seu sangue? Eu, por exemplo, depois de um ano de merda, estou começando uma nova história, um novo amor. Às vezes me flagro pensando que essa história toda vai dar merda, vai dar merda, vai dar merda. Mas não sei se faço isso só pra não perder o orgulho quando der merda, eu dizendo: pelo menos eu sabia que ia dar merda.
Fante: Você não viu pra quem eu dediquei meu livro? To falando de mim, não do Bandini. Tem gente que confunde experiência com experimentação. Experimentação é coisa de sociólogo, gente sem imaginação ou sentimento. Experiência é outra coisa. A vida pode dar um romance, mas a vida não é arrumadinha como um romance. Ou você vive o seu tempo, a sua condição e mergulha nisso, ou vai fazer outra coisa. Caso contrário, todos os roteiros estão traçados pelo conjunto de lixo que você leu e ouviu. Inclusive o meu livro pode virar lixo numa situação dessas.
Eu: Camisa pólo, sapatos brancos e óculos escuros, não é por aí? Nunca fui a Los Angeles e o que me impressiona é a variedade e o número de formas de destruição da cidade. Terremotos, maremotos, animais selvagens perdidos devido à expansão das avenidas, especulação imobiliária, um ar meio apocalíptico que torna a beleza mais urgente, a vida sempre está logo ali, a um passo, mas nunca é real porque sempre está à beira da morte.
Fante: Você não devia se gabar disso, você é de Brasília. Você deve entender alguma coisa de deserto. Poeira também não falta, cada palmo de terreno conquistado à moda turbulenta do velho oeste, tempestades de areia cobrindo a cidade inteira, o céu vermelho, azul de sanguessugas, branco, translúcido e você ali sozinho, debaixo dessa luz que nunca está parada, afundando nos monumentos paranóicos, você também ali sonhando com a sua princesa maia ou pelo menos acreditando que um dia vai encontrar a palavra certa, o percurso que vai fazer da poeira e do brilho uma coisa só, ao mesmo tempo bela e decadente. Que vai dar um pouco de alegria para os solitários e perdidos.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Junior Brown é inacreditável!

Jamieson "Junior" Brown nasceu numa tarde ensolarada do dia 12 de junho em 1952. Guitarrista e cantor de country music, já passou duas vezes na Billboard e lançou uma dezena de álbuns bacanas. Como guitarrista, pra nós da banda Rioclaro, é simplesmente o mais criativo da country music.
 O modelo de sua guitarra já mostra que o cara não veio para ser mais um. Este cowboy louco idealizou uma mistura de guitarra com Lap steel. De Kirksville, Indiana, aprendeu a tocar piano com seu pai. Depois ficava horas e horas sonhando com as ondas de Waimea ouvindo The Shadows, Dick Dale e Hank Williams. Esta excêntrica mistura, rapidamente o jogou para os palcos. No início dos anos 60, Brown já trabalhava para grupos como: The Last Mile Ramblers, Dusty Drapes and the Dusters e Asleep at the Wheel tocando steel. Com ajuda de Michael Stevens, em 1985, Junior inventou sua guitarra de dois braços e chamou o instrumento "Guit-steel". Para tocá-la, o cara fica em pé atrás do instrumento sobre um pequeno suporte. O braço de cima é uma guitarra de seis cordas tradicional, enquanto a parte inferior é um lap steel para tocar com slide. Com uma máquina dessas, Tornou-se num típico herói da guitarra em todo o Texas. Seu álbum de estréia foi "12 tons de marrom" em 1990 , lançado pelo selo britânico Demon Records , relançado em 1993 seguidos por Guit with It. Em 1995, Brown lançou "Semi Crazy", e em 1997 Long Walk Back. Antes disso, Brown arrasou cantando o clássico “409” junto com os Beach Boys. Foi quando levou o CMA Country Music Video of the Year de 1996 .
A música de Brown, também rola em muitos filmes, incluindo "Eu, Eu Mesmo e Irene", "Bob Esponja", e na nova versão de "Dukes of Hazzardd" , no qual ele também atuou como narrador. Embora seu estilo original seja o countryzão americano, para relembrar os velhos tempos, algumas de suas performances buscam sempre o surf rock instrumental das antigas.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Como ajudar a Região serrana do Estado do Rio





Por aqui, tanto passamos e aqui fizemos os primeiros shows da banda Rioclaro. Hoje, grande parte disso está sob lama. É comovente, de uma tristeza sem fim.

Em nome da banda Rioclaro, eu peço que as pessoas contribuam com donativos, alimentos, material higiene pessoal, roupas, aqui em Brasília e em todo canto do Brasil. Neste comecinho de ano e finzinho de festas, de retorno aos shows, a banda Rioclaro se solidariza com as enchentes na Região Serrana. Os caras da banda se sensibilizaram para também contribuir. Pedimos que todos os amigos aqui do Blog ajudem essa belíssima região, onde tantas vezes tocamos nossas canções.


É um pedido de coração.

Ray Titto

Prefeitura de Petrópolis

Banco do Brasil Ag: 0741-2 Conta 110000-9

Caixa Econômica Federal Ag: 4146 Conta 2011-1

Cruz Vermelha - Banco Real Ag:0201 Conta 1793928-5

Para Doações:

no Rio de Janeiro
Ginásio do Maracanãzinho - 08h às 20h entrada pelo Portão 12
Em Niterói
Ginásio Caio Martins - 08 às 20h entrada pelo Portão principal da Avenida Roberto Silveira - garrafas de água potável, fraldas, colchonetes... e alimentos não-perecíveis.

No Brasil
Interessados em fazer doações para as vítimas da chuva na região serrana do Rio de Janeiro podem levar alimentos não perecíveis, produtos de higiene, cobertores, colchões e água para diversos postos espalhados pelo Estado. Desde o início da manhã de hoje, os postos, delegacias e inclusive a sede da Polícia Rodoviária Federal (PRF) estão mobilizados para receber donativos. São cerca de 25 pontos ao longo de 1,4 mil quilômetros de rodovias federais fluminenses. Quem quiser colaborar pode ligar para o telefone 191, que atende 24 horas por dia, e saber qual o local mais próximo.

A Cruz Vermelha Brasileira, que irá fazer a triagem dos donativos recebidos pela PRF, também recebe doações na Rua Coronel Bernardino de Melo, 2.085, em Nova Iguaçu. Todo o material arrecadado será distribuído de acordo com as necessidades de cada localidade. As unidades da Polícia Militar também estão recebendo doações. Os produtos serão encaminhados ao 12º Batalhão, em Niterói, de onde seguem para as áreas afetadas.