sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

* * *

Luz noturna
Outro coração
Bate no seu peito

Um visitante
Inesperado
Bate à sua porta

Bate à porta
Da alma
Um coração inesperado

O seu inesperado
Coração
Bate à porta
Da sua alma

Lentamente
A luz diurna
Desperta para a ficção
Da vida

Você prepara o seu café
E estranha
É mesmo o seu coração
Que bate em meu peito?

Você olha a densidade
Das nuvens
É uma sensação estranha
Os milagres
E o inferno
São igualmente imerecidos

E ainda assim
Você tem medo
De estragar o fim da história.

Um comentário:

  1. Maravilha, Daniel!
    Esta só falta escolher o tom pois já traz a melodia em cada verso.
    Quanto talento, hein...
    RT

    ResponderExcluir