A onça paluá furou os olhos com lanternas, bebeu gasolina e corre encantada pelo mundo enorme. Na arte de seguir, fazer sangrar a rês nas unhas: Ponta-de-lança; Verde-esmeralda; Vermelho-sangue; Branco-lápide; Azul terrível!
Rajadas de nomes de cidades, frutas e pedras nos olhos marejados dos cansados pangarés. A luz gritante bate nos dentes da onça veloz, rebate nos olhos pobres.
Ressentimento, ponto cego no espelho retrovisor: o que ficou para trás ainda visível. O fim daquela ansiedade doida: início de milênio, promissor ser perseguido por ninguém, correr e não sair do lugar.
O menino ficou irreconhecível com a cara macerada. Não pôde ser reconstituído pelos legistas. Nem pela poesia. Desde então um pesadelo na cabeça: o menino escondido num lençol e duas botas pretas.
Muuuuuuuuuuuito bom, Daniel! No proximo álbum da banda terei um novo parceiro de composição. Que tal?
ResponderExcluirRay Titto
eu vou achar ótimo! pode mudar à vontade o que voce achar dos textos que dá pra usar pra compor, o que for necessário, pra caber em música.
ResponderExcluirDaniel, vc é um poeta e tanto, hein?? Parabéns!!!!!
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