Assim como eles, o termo Mariachi tem origem incerta e se aplica geralmente aos grupos artísticos, músicos individuais, à música e ao estilo. Com raízes no Estado de Jalisco, na parte ocidental do México, possivelmente vindo de uma vila agrícola com o nome de Cocula, era muito usado entre vaqueiros - lavradores e nativos – que cantavam música popular, combinado os ritmos e as harmonias provenientes da Europa, de nativos americanos e da África negra.
Com o passar dos anos os grupos de mariachi viajaram a pé, a cavalo ou de trem através de México como menestréis. Sem nenhuma instrução formal na música, os músicos misturavam, pela percepção auditiva, o lirismo da harpa, a brandura do violino, e ao ritmo da guitarra numa escala de melodias, algumas delas com complexidade sinuosa.
Frequentavam os cantos das praças e das vilas, executando canções a pedido de transeuntes e visitantes, apresentando-se também nas fazendas de rancheiros ricos por modestos pagamentos. Daí, a popularidade nos festivais de feriado, em celebrações patrióticas, em batismos, em casamentos e funerais executando canções favoritas de mariachi dos falecidos. .
Depois da revolta de 1910/1920 contra a ditadura de Porfirio Díaz a música dos mariachis transformou-se numa expressão do orgulho mexicano e do patriotismo, um memorial aos heróis nacionais e aos esforços dos peões. Assim, os mariachis seguiram uma larga migração de suas vilas e fazendas para as cidades, particularmente Cidade do México. Promovido por Lázaro Cárdenas, o presidente populista eleito em 1934, encontraram apoio das elites mexicanas e conduzido por Rubén Fuentes os mariachis aprenderam a ler música e deram alma a canção do México como o jazz nos EUA. Hoje, ainda fazem serenatas para jovens bonitas a pedido de seus namorados e pretendentes.Ilustração: Ray Titto Gonzalez
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